Participamos do

Temer pedirá ao STF que suspenda inquérito por gravação "fraudulenta"

O presidente voltou a descartar renunciar e também fez uma série de críticas ao delator Joesley Batista. "Está livre e solto"
14:25 | Mai. 20, 2017
Autor O POVO
Foto do autor
O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia

[FOTO1]

Em pronunciamento em rede nacional, o presidente Michel Temer (PMDB) anunciou neste sábado, 20, que irá pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) que suspenda inquérito aberto contra ele por corrupção, obstrução de justiça e formação de organização criminosa. 

[SAIBAMAIS]A estratégia é contestar a legalidade de áudios da delação de Joesley Batista, um dos donos da JBS. Segundo Temer, a gravação é "fraudulenta e manipulada". No áudio, o presidente aparenta dar aval para a “compra” do silêncio de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e silencia após Joesley relatar diversos crimes.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

 

“No dia de hoje, estamos entrando com petição no colégio do STF para suspender o inquérito proposto até que seja verificada em definitivo a autenticidade da gravação clandestina”, diz Temer, acusando a Procuradoria-Geral da República de ter incluído áudios no pedido de inquérito "sem a devida e adequada averiguação". 

"Crime perfeito" 

Temer também fez uma série de críticas ao delator Joesley Batista. "Está livre e solto, passeando pelas ruas de Nova Iorque. E o Brasil, que já tinha saída da mais grave, vive agora dias de incerteza. Ele não passou nem um dia na cadeia, não foi preso, não foi julgado, não foi punido. Pelo jeito não será. Cometeu, digamos assim, o crime perfeito”.

“Enganou o Brasil, prejudicou os brasileiros e agora mora nos EUA”, disse. Temer também acusou delação de conter contradições e classificou como “pífias” acusações de corrupção passiva. “A notícia ainda foi vazada por gente certamente ligada ao grupo empresarial, que antes de entregar comprou US$ 1 bilhão, especularam contra a ordem nacional”, diz. 

O discurso do presidente foi organizado pela cúpula do Planalto desde a manhã deste sábado, após discurso pela renúncia do presidente voltar a ganhar volume no Congresso. Pela manhã, o PSB, partido com 35 deputados, decidiu sair da base do governo e apoiar a saída do presidente – o que inviabilizaria hoje a aprovação de reformas trabalhista e da Previdência.

 

Redação O POVO Online 

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente