Camilo desconversa e não responde se vai se candidatar à reeleição

Após vitória dos aliados em Fortaleza e em Sobral, cidades consideradas prioritárias pelos Ferreira Gomes, o governador Camilo Santana (PT) não confirmou candidatura à reeleição em 2018. Questionado sobre isso e sobre sua permanência no Partido dos Trabalhadores, ele desconversou. 

 

"A minha preocupação nesse momento é de cuidar do Ceará. A eleição só é em 2018 e até lá vamos tomar decisões importantes em relação a isso". Assista à entrevista aqui.

 

A afirmação foi dada na manhã desta segunda-feira, 7, em entrevista ao vivo no programa O POVO no Rádio, apresentada pelo jornalista Luiz Viana.

[SAIBAMAIS] 

 

Nos bastidores, fala-se sobre possibilidade de Camilo deixar o partido e não candidatar-se ao Governo do Estado. Revistas nacionais chegaram a cogitar candidatura ao Senado. O governador não comentou sobre os boatos e preferiu focar no seu mandato, priorizando as áreas do combate à seca e da segurança pública. 

[QUOTE1] 

Greve dos Policiais Civis

Sobre a greve da Polícia Civil, Camilo afirmou que as reivindicações são justas, mas a greve é "ilegal" e "um desrespeito, uma afonta à população e à Justiça". 

 

"Claro que (os policiais) têm razão, toda reivindicação é justa, porém eu honrei um compromisso que acordei com eles no primeiro ano do meu governo, cumpri e implantei num momento de crise que ninguém está fazendo aumento", argumentou, fazendo referência ao reajuste salarial dado aos escrivãos e inspetores. 

 

"Eu assumi um compromisso de que faria a revisão disso e ainda no final do primeiro ano eu assumi o compromisso, fiz um acordo com o sindicato, esse ano eu mandei uma lei pra Assembleia Legislativa, foi aprovada, implantei no salário do servidor da Poícia Civil, e eles já receberam no mês de outubro", disse. 

 

Seca

Camilo também falou sobre a seca no Estado e destacou ações para evitar o racionamento de água que, segundo ele, prejudica a população mais carente. O governador fez um apelo ao Governo Federal para liberar recursos para a Transposição do Rio São Francisco, considerada por ele a "única segurança que nós vamos ter para não haver um colapso" caso não chova muito no próximo ano. 

 

"É importante que a sociedade, que a população, cobre do Governo Federal. Se tiver um colapso de água no Ceará, a culpa é do Governo Federal, que não tem ouvido o governador", acusou. "Nós não temos mais condições de superar mais um ano de seca caso não haja essa água da Transposição".

[QUOTE2] 

Questionado sobre ações do senador Eunício Oliveira (PMDB), que concorreu ao Governo com ele em 2014, de combate a seca, ironizou: "É importante a iniciativa dele, mas ele devia estar preocupado com a seca desde o início, e não fazer isso como algo dentro da política". 

  

Redação O POVO Online

 

 

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente