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Transgênero espera primeiro filho biológico nos EUA

O casal já tem dois filhos adotados, um menino e uma menina. Trystan diz que a aceitação da sua condição o permitiu encarar com naturalidade a gravidez
15:28 | Jul. 13, 2017
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O homem relembra que estava no ensino médio quando iniciou a transição de gênero. Ele decidiu mudar de nome e passou a fazer uso de hormônios. "Eu dizia que eu era um homossexuel em um corpo de mulher. Eu comecei a tomar testosterona e meu corpo começou a mudar. Emocionalmente foi muito difícil, mas em seis meses eu era um homem", afirmou.

Ele destaca que ter um corpo exatamente igual ao do parceiro nunca passou pelos seus planos e, por conta disso, não fez cirurgia para redesignação do órgão sexual. "Eu nunca quis que o meu corpo não fosse um corpo de um transexual. Eu estou bem sendo um homem que tem útero, que tem a capacidade de ter um bebê", afirma em vídeo postado no Facebook do casal e reproduzido pela rede americana CNN.

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Trystan relata estar satisfeito com as modificações. "Eu acho que meu corpo é impressionante. Eu sinto que é um presente ter nascido com o corpo que tinha. Eu fiz as mudanças necessárias para que eu pudesse continuar vivendo nele, através de hormônios e de outras modificações", disse.

Além do filho biológico que está por vir, o casal já tem dois filhos adotados em 2011, um menino e uma menina. Trystan diz que a aceitação da sua condição o permitiu encarar com naturalidade a gravidez. Eu sou feminista. Eu penso que as mulheres são impressionantes. Eu não acho ruim ser uma mulher. Só não aconteceu de ser (por fora) como eu era por dentro", explica. "Por isso é 'ok' entrar nesse sagrado mundo da maternidade. E isso não me faz sentir menos homem. Eu só sou um homem capaz de ter um bebê e eu decidi fazer isso", completou.

Para vivenciar uma gestação e preparar o corpo, Trystan parou de tomar testosterona por alguns meses. Após cinco meses, descobriu que estava grávido, segundo informa a CNN. Eles dizem que a equipe médica passou por treinamento para acompanhar o casal. As críticas, no entanto, ocorrem principalmente pela internet. "Por trás do anonimato, as pessoas se sentem empoderadas para dizer o que deveria acontecer conosco, com os nossos filhos, com a nossa família. A razão pela qual você decide ter um filho é querer ver mais amor no mundo e lembrando quão difícil será. É duro", confessa. 

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Redação O POVO Online

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