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Empresário mexicano cria papel higiênico 'Trump'

Idealizador disse que se sentiu insultado pelo republicano
11:43 | Jun. 01, 2017
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[FOTO1] A ideia é do advogado Antonio Battaglia, que está prestes a lançar o papel higiênico no mercado. O slogan do produto tem frases sugestivas, como "suavidade sem fronteiras" e "este é o muro que vamos pagar", que insinuam à política migratória de Trump. 
 
Battaglia disse que as declarações de Trump durante sua campanha à Presidência dos Estados Unidos "machucaram muito". Na ocasião, o magnata chamou os imigrantes mexicanos de "delinquentes", "traficantes" e "estupradores", além de anunciar a construção de um muro na fronteira. 
 
A expectativa é a de que o papel higiênico comece a ser vendido ainda neste ano. O mexicano contou que 30 % do lucro das vendas serão destinados a programas de apoio a pessoas deportadas durante o mandato de Trump. 
 
O produto foi criado com base na brecha do Instituto de Propriedade Industrial do México, que concedeu para a "Trump Organization", empresa do mandatário, o direito de exportar sua marca para diversos setores do país, como o da construção, do turismo, da hotelaria, de imóveis e de serviços financeiros. No entanto, a companhia não se preocupou em registrar a marca para o setor de higiene, o que permitiu que a solicitação de Battaglia fosse aprovada em outubro de 2015, segundo os arquivos do instituto. 
 
O advogado afirmou ainda que investiu 400 mil pesos mexicanos (cerca de R$ 70 mil) para produzir uma quantidade de papel higiênico suficiente para encher dois caminhões de carga, e espera que a demanda seja grande para que possa aumentar a produção. 
 
A embalagem do papel higiênico retrata a caricatura de um homem com o polegar erguido, em sinal de aprovação. Não é a imagem exata de Donald Trump, mas o cabelo loiro remete claramente ao presidente norte-americano. 
 
Battaglia disse que respeita as leis mexicanas que protegem as marcas registradas, mas que não existe vínculo direto entre a imagem do magnata e seu produto. A Trump Organization não comentou o caso. 

Ansa

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