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Manifestação paralisa centro durante a manhã desta quarta

Movimentos Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo reuniram sindicatos, centrais trabalhistas, trabalhadores e movimentos sociais em passeata contra as reformas propostas pelo governo Temer nas área de trabalho, previdência e educação
15:55 | Mar. 15, 2017
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[FOTO1] O 15 de março começou com terminal fechado e trabalhadores na rua. O Dia Nacional de Protestos e Paralisações, contra as reformas trabalhista e da Previdência propostas pelo governo do presidente Michel Temer, também ocupou o Centro de Fortaleza. Durante a manhã desta quarta-feira, os movimentos Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo, reuniram sindicatos, centrais trabalhistas, trabalhadores e movimentos sociais em passeata.
 
A concentração do ato teve início às 8 horas da manhã na Praça Clóvis Beviláquia (Praça da Bandeira), onde milhares de pessoas seguiram em caminhada até o prédio do INSS, localizado na rua Pedro Pereira, e encerraram a manifestação na Praça do Ferreira. O ato foi pacífico desde o início e contou com pessoas de várias faixas etárias. Os manifestantes também reivindicavam melhorias na educação e reajuste salarial, além de pedirem “Fora Temer”.
 
[SAIBAMAIS]
Trabalhadores da construção civil, motoristas de ônibus, servidores públicos, professores municipais e estaduais, entre profissionais de outros setores aderiram à paralisação e tomaram as ruas do Centro. Os comerciários, uns em apoio outros por precaução, baixaram as portas das lojas e também paralisaram as atividades até a finalização da manifestação. 
 
De cima do trio que estava à frente do ato, os organizadores puxavam palavras de ordem. Para o presidente da Central Única dos Trabalhadores do Ceará (CUT), Wil Pereira, “quando as decisões atingem as classes trabalhadoras a sociedade começa a repensar, estamos no mês das mulheres e estamos também chamando essas mulheres para vir às ruas”, afirmou ele sobre a importância do ato desta quarta-feira, 15.  
 
Para Antônio Martins, que trabalha como pedreiro desde 1982, a reforma da previdência adia o sonho da aposentadoria. Ele foi para a manifestação acompanhado de outros profissionais da construção civil e do sindicato da categoria. 
 
Professores e estudantes também foram às ruas. A professora Sandra Oliveira, de 39 anos, que já dedicou 16 anos ao ensino, afirma que a luta pela educação é essencial e por isso valeu a pena ter ido às ruas nesta manhã. 
 
Para a educadora infantil Iracema Barbosa, “é muito bom ver que educadores, pais e alunos estão despertando para as questões da educação”. Muitos estudantes de escolas públicas estaduais também participaram do ato e manifestaram seu apoio às causas.
 
Durante a manhã, a Autarquia de Trânsito e Serviços Públicos e Cidadania (AMC) informou que acompanharia a manifestação, dando suporte operacional nas vias entre os bairros da Aldeota e Centro. Agentes da AMC se concentraram próximo a Praça da Bandeira, ao INSS e a Praça do Ferreira. Os cruzamentos das ruas Meton de Alencar com 24 de Maio e Tristão Gonçalves com Pedro Pereira. “Além dos atendimentos das ocorrências de trânsito, há esforço para garantir a circulação nas vias”, informou o órgão.
 
Os organizadores informaram que em torno de sete mil pessoas estavam concentradas na Praça da Bandeira, no inicio da passeata. A Polícia Militar não informou a estimativa oficial do número total de participantes.
 
As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo marcaram o dia 15 de março para convocar manifestações em todo o país contra a reforma da Previdência, a reforma trabalhista e o governo do presidente Michel Temer (PMDB). Além de Fortaleza, outras 17 capitais também marcaram protestos, dentre elas então: Maceió, Salvador, Brasília, Vitória, Goiânia, Cuiabá, Belo horizonte, Belém, João Pessoa, Curitiba, Recife, Rio de Janeiro, Natal, Porto Alegre, Porto Velho, Florianópolis e São Paulo.
 

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