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Após massacre em presídio do Amazonas, Sejus transfere presos entre unidades cearenses

A medida tem o objetivo de ''desarticular lideranças e prevenir conflitos nos estabelecimentos prisionais'', um dia após o massacre registrado no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj)
14:36 | Jan. 03, 2017
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A Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado (Sejus) iniciou na manhã desta terça-feira, 3, a transferência de presos entre unidades prisionais da Região Metropolitana de Fortaleza. A medida tem o objetivo de “desarticular lideranças e prevenir conflitos nos estabelecimentos prisionais”, um dia após o massacre registrado no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), no Amazonas.

A transferência começou por volta das 9 horas com equipes do Grupo de Apoio Penitenciário (GAP) e do Batalhão de Choque, com apoio do Ministério Público, Polícia Rodoviária Federal e Corpo de Bombeiros.

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Uma fonte ligada à Sejus disse ao O POVO que a transferência foi uma medida tomada para pulverizar as facções criminosas dentro das unidades. Mulheres de presos estão aglomeradas no entorno do Complexo de Itaitinga à espera de informações.

Em nota, a Sejus esclareceu que assistentes sociais e equipes do Núcleo de Atendimento aos Familiares de Internos (Nuasf) estarão recebendo os familiares dos detentos para relatar a nova unidade de internação deles.

O maior massacre da história do sistema prisional do Amazonas, no último domingo, 1º, estourou com uma briga entre integrantes da Família do Norte (FDN) e do Primeiro Comando da Capital (PCC). Ao todo, 56 presos foram mortos, decapitados, esquartejados e carbonizados após uma guerra entre as facções criminosas.

Desde o segundo semestre de 2015, líderes da facção criminosa amazonense vêm sendo apontados como os principais suspeitos pela morte de integrantes do PCC, grupo que surgiu em São Paulo, mas já está presente em quase todas as unidades da federação.

Aliada do Comando Vermelho (CV), a FDN atua no tráfico de drogas dominando a "rota do Solimões", em que escoa para o Brasil as drogas produzidas no Peru e na Colômbia. Em 20 de novembro de 2015, a FDN foi alvo da operação La Muralla da Polícia Federal e os seus principais líderes foram presos e transferidos para presídios federais.

Em outubro de 2015, foram registrados conflitos em três presídios da Região Metropolitana de Fortaleza por causa da quebra do acordo de paz selado entre CV e PCC. 

Redação O POVO Online

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