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Quatro dos seis mortos na chacina do Porto das Dunas não tinham antecedentes criminais

Dois mortos que tinham antecedentes criminais estiveram presos no Ceará, em ocasiões distintas. Um convidado foi preso durante investigação policial, mas não seria sobrevivente
17:50 | Jun. 05, 2017
Autor Amanda Araújo
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Tipo Notícia

Dos seis homens mortos na chacina do Porto das Dunas, quatro não possuíam antecedentes criminais. A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 5, pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) após solicitação do O POVO. Um convidado da festa, que tinha mandado de prisão por roubo, mas não estava no local durante o ataque, foi preso por roubo.

Davi Saraiva Benigno, 23, que ficou preso entre novembro de 2015 e dezembro de 2016, respondia pelos crimes de tráfico de drogas e posse irregular de arma de fogo de uso restrito. Ele havia sido capturado na operação Rave Over 2, junto com mais 13 pessoas, em operação da Divisão de Combate ao Tráfico de Drogas (DCTD). Na época, a Polícia informou que Benigno era o traficante que fazia o contato com o fornecedor de drogas na Holanda.

O segundo morto com antecedentes criminais é Fernando dos Anjos Rodrigues Júnior, 35, que respondia por estelionato, de acordo com a SSPDS. No TJCE, também constam processos que ele respondia por tentativa de roubo, falsificação e posse de drogas para consumo pessoal.  Assim como Davi, Fernando tinha passagem pelo sistema penitenciário cearense; ele esteve preso entre fevereiro e dezembro de 2008.

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Os outros mortos, que não tinham antecedentes criminais, são Nilo Barbosa de Souza Neto, 33, Matheus de Matos Costa Monteiro, 23, Edmilson Magalhães Neto, 25, e Klinsmann Menezes Cavalcante, 26.
Em nota, a SSPDS esclareceu o crime está sendo investigado pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). "Ainda no sábado e na madrugada do domingo, 4, várias testemunhas foram ouvidas na sede da especializada", informou.

A Polícia Civil prendeu, durante levantamentos sobre a chacina, Weslley Barros Morais, 26, que já respondia na Justiça por roubo e estava com um mandado de prisão em aberto pelo mesmo crime. Weslley prestou depoimento e contou que foi convidado por Davi à festa na casa de praia. Ele não é um dos sobreviventes e estava fora da casa durante a chacina, também segundo a SSPDS.

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