Influenciadora cearense Romagaga é solta da prisão após confusão em hotel em SP

Após soltura da influenciadora Romagaga, a vereadora Leonora Aquilla afirmou que foram encontradas inconsistências no caso e recorrerá na justiça

16:38 | Dez. 28, 2025

Por: Bárbara Mirele
Criadora de conteúdo digital e humorista, a cearense Romagaga foi detida após uma confusão em um hotel em São Paulo (foto: Reprodução Facebook Romagaga)

A criadora de conteúdo Romagaga foi liberada da prisão neste domingo, 28, após confusão em um hotel de São Paulo. O caso aconteceu na noite do sábado, 27. A cearense, natural de Beberibe, foi abordada por policiais militares após abertura de uma ocorrência na rua Augusta, na região do bairro Jardins.

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Conforme o portal Metrópoles, a influenciadora alegou ter sido roubada por um gerente de hotel e chegou a realizar uma transmissão ao vivo, ficando nua, na ocasião. Na confusão, os agentes foram acionados e chegaram ao local por volta das 10 horas de hoje. Caso foi registrado como desobediência, desacato, ato obsceno, ameaça, embriaguez e invasão.

Inconsistências foram identificadas no caso

"Oi, gente, boa tarde. Passando aqui só para tranquilizar [vocês], já tô em casa, foi bem difícil, mas graças a Deus, ao doutor Roberto, a Leonora, e todo mundo que ajudou, já tô em casa”.

A influenciadora continua: “Esse vídeo aqui é só para tranquilizar mesmo, minha mãe, minha família. Foi uma situação assim bem difícil, mas graças a Deus já tô em casa, viu gente", disse Romagaga em vídeo postado nas redes sociais da vereadora Leonora Aquilla (MDB-SP).

Leonora Áquilla é coordenadora de Políticas para LGBTI+, da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo. Assumindo o cargo em 2023, a parlamentar também é ativista e jornalista.

Ainda na publicação, a vereadora do MDB afirmou que Romaga está “ciente dos erros que cometeu, mas sabe que não era pra chegar ao ponto que chegou”.

Leonora aponta que foram identificadas várias inconsistências no caso. “[Ela] teve seus direitos violados quando foi colocada para ser revistada, e quem revistou foram policiais homens. Ela é uma mulher e isso não é de jeito nenhum admissível. Então nós vamos agora com calma, recorrer e processar na corregedoria da polícia para que essas pessoas respondam", afirmou Leonora.

O estado tem que ser responsabilizado porque é quem deveria nos proteger. E aí e cometem esse tipo de violência. Será que não é porque é uma mulher trans? (...) Ela sofreu violações, que foram, sim, motivadas por transfobia. E a gente vai recorrer e vai lutar para que justiça seja feita", declarou a vereadora.

Confira o vídeo na íntegra: