Lula homenageia Luis Fernando Verissimo: ‘Um dos maiores da literatura’

Mestre da crônica, Luis Fernando Verissimo morreu neste sábado, 30, aos 88 anos

10:52 | Ago. 30, 2025

Por: Lillian Santos
Luis Fernando Verissimo morre aos 88 anos de idade (foto: Bruno Veiga/Divulgação)

“Um dos maiores da nossa literatura”, é assim que recorda o presidente Lula em homenagem ao escritor e comunicador Luis Fernando Verissimo, que faleceu neste sábado, 30, aos 88 anos de idade, em decorrência de uma pneumonia.

Nome de destaque na literatura nacional, Verissimo foi cartunista, tradutor, roteirista, publicitário, revisor, dramaturgo e romancista, usando da ironia e do humor em suas criações para divertir, informar e alertar.

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“Sua descrição bem-humorada da sociedade ganhou espaço nas livrarias e na TV, com a ‘Comédia da Vida Privada’. E, como poucos, soube usar a ironia para denunciar a ditadura e o autoritarismo; e defender a democracia.”, continuou Lula em publicação nas redes sociais.

Editora reforça legado de Luis Fernando Verissimo na literatura brasileira

Um dos principais autores publicados pela Companhia das Letras, a editora lamentou a morte do escritor em publicação nas redes sociais, destacando a importância do gaúcho para a literatura brasileira.

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“O Brasil perde hoje um de seus escritores mais queridos. Começamos a ler Luis Fernando Verissimo desde os anos 1970, mais precisamente desde 19 de abril de 1969, quando ele estreou na coluna ‘Informe Especial’, no Zero Hora. Desse início, em plena ditadura militar, Verissimo passou pela redemocratização, viveu a revolução digital e as polarizações ideológicas, sempre produzindo textos oportunos e relevantes, reconhecidos pela capacidade de traduzir em poucas linhas a complexa natureza humana e a sociedade brasileira”, relembrou a Editora Objetiva, selo de não ficção da Cia das Letras.

Pela empresa paulista, Verissimo publicou algumas de suas principais obras, como: “As Mentiras que os Homens Contam”, “A cobras” “Comédias da Vida Privada”, “Ed Mort”, “O jardim do Diabo”, “Time dos sonhos” “As mentiras que as mulheres contam” e “Ironias do tempo”.

“Sinto fortemente a perda de um autor amigo, comprometido com a melhor literatura e com as causas sociais do nosso país. Autor fidelíssimo que fará falta a todos da editora e a todo Brasil”, desabafa Luiz Schwarcz, editor e fundador da Companhia das Letras, na publicação.