Adriana Ancelmo exigia discrição total, diz diretora de joalheira em depoimento
"Assim que Adriana chegava, era recepcionada e levada para a sala acima, porque ela não seria muito vista", contou Maria Luiza no depoimento nesta terça-feira, 19. "Quando a venda era mais complexa, era feita na casa deles. Nós botávamos sempre cliente não identificado para os pagamentos. Fazer isso em parcelas de R$ 300 mil, por exemplo, era muito constrangedor para os nossos funcionários. A solução foi fazer o pagamento na tesouraria do prédio da empresa", afirmou.
Maria Luiza, que só fazia vendas para o casal na empresa, também afirmou que muitos pagamentos eram feitos em espécie e por supostos operadores de Cabral, como Carlos Miranda e Luiz Carlos Bezerra. Todas as joias vendidas para o casal eram valiosas, destacou.
Outro lado
Por escrito, o advogado de Adriana Ancelmo, Alexandre Lopes, acusou Maria Luiza de mentir. "A defesa de Adriana Ancelmo lamenta que diretores de uma empresa do porte da H. Stern venham a juízo faltar com a verdade, a fim de manterem seus prêmios obtidos com delações em que inventam fatos. Ficou claro, inclusive, que apresentaram certificados de joias ao juízo que não correspondem à realidade, indicando sem base Adriana como compradora."