Luizianne e outros brasileiros recebem assistência do Itamaraty e de advogados em prisão
Conforme nota da equipe da parlamentar, foram mais de oito horas de procedimentos relacionados à detenção
18:49 | Out. 03, 2025
A deputada federal e ex-prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), e os demais brasileiros da Flotilha Global Sumud, receberam assistência de diplomatas da Embaixada do Brasil em Israel e de outros países nesta sexta-feira, 3, após dois dias da intercepção pelas forças armadas.
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Conforme nota da equipe da parlamentar, foram mais de oito horas de procedimentos relacionados à detenção. Além disso, Luizianne recebeu assistência do Centro Jurídico para os Direitos das Minorias Árabes em Israe (Adalah).
"A situação continua sendo acompanhada de perto pelo Itamaraty e por organismos internacionais de defesa dos direitos humanos. Atualização em breve", informa.
Líder do PT na Câmara, o deputado federal Lindbergh Farias comentou sobre a assistência brasileira ao grupo. "Hoje, graças a Deus, o corpo consular brasileiro conseguiu ter acesso a essas pessoas. Infelizmente, as provocações são muitas. É uma prisão dura. Dois ministros de extrema direita de Israel foram lá atacar essas pessoas que estavam naquela missão humanitária", relatou.
"A gente exige que esses brasileiros sejam devolvidos ao nosso País com segurança. Não cometeram nenhum crime", complementou o líder petista. "Tem muita gente me perguntando sobre a deputada Luiziane Lins. Ela tá lá firme, sabe o que está fazendo, sabe a importância dessa causa".
Como foi o procedimento?
A diplomacia brasileira fez dois encontros com a delegação brasileira, um com as mulheres e outro com os homens. Segundo a nota, todos estão "em condições gerais de saúde estáveis".
Relatos mencionados pela equipe de Luizianne informam que, no primeiro dia da interceptação, o governo de Israel não ofereceu comida e água ao grupo que tentava levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza. Também apontam "abordagem ostensiva" dos militares e uso de "armamento pesado".
"Alguns, de acordo com a organização da missão humanitária, começaram a fazer greve de fome para pressionar o governo israelense a darem fim ao massacre do povo palestino de Gaza", explica na nota, acrescentando que "não houve resistência por parte dos cerca de 500 integrantes da missão, vindos de mais de 40 países".