Caminhoneiros do Espírito Santo entram em greve após alta no diesel; outros estados podem aderir

Aumento do preço do combustível nas refinarias foi de 8,86%

13:30 | Mai. 12, 2022

Ceará ultrapassou a Bahia em participação no mercado de seguro de cargas no Nordeste (foto: Fernanda Barros)

Após aumento no preço do óleo diesel, o Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Espírito Santo (Sindicam-ES) decidiu paralisar suas atividades. Na última segunda-feira, 9, a Petrobras anunciou um reajuste de 8,86% no preço do combustível nas refinarias, apesar do último reajuste ter ocorrido há menos de dois meses.

Segundo informações do jornal Correio Braziliense, outros estados tendem a aderir à greve. De acordo com a secretária do Sindicam-Ceará, Joana Seixas, o sindicato cearense, entretanto, não tem conhecimento acerca de nenhuma intenção de greve por parte dos transportadores autônomos do estado.

“Entendemos que a situação dos autônomos ficou insustentável depois de tantos reajustes, seja no preço do diesel ou dos insumos que compõem o dia a dia do caminhoneiro”, afirmou o Sindicam-ES em nota. O preço final ainda é incerto, mas, com o reajuste, o valor médio do combustível passará de R$ 4,51 para R$ 4,91, o que causa temor nos motoristas.

“Agora foi a etapa final do governo do presidente Jair Bolsonaro na categoria que apoiou ele nas eleições. Ele mentiu, assim como o ex-ministro Tarcísio, que ficou três anos e meio enrolando”, afirmou o deputado federal Nereu Crispim (PSD-RS), presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas, em entrevista ao Correio. Ele criticou ainda as ações de José Mauro Ferreira Coelho, presidente da Petrobras, afirmando que ele é "fantoche" de Bolsonaro.