Obstrução intestinal pode gerar necrose e perfuração intestinal, diz médica

No caso do presidente brasileiro, médicos ainda avaliarão a necessidade de uma intervenção cirúrgica; apesar disso o quadro do gestor é estável

14:57 | Jan. 03, 2022

Presidente Bolsonaro está internado em São Paulo com novo quadro de obstrução intestinal. (foto: Reprodução / Instagram / Jair Bolsonaro)

O quadro de obstrução intestinal que fez com que o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL), fosse internado em São Paulo nesta madrugada, sem previsão de alta, pode causar isquemia, falta de fornecimento sanguíneo para um tecido orgânico, gerando necrose e perfuração intestinal. A informação foi divulgada pela cardiologista Stephanie Rizk na CNN.

Rizk explicou que o quadro do presidente é caracterizado por um entupimento completo ou uma suboclusão (entupimento parcial) de alguma parcela do intestino. Dentre os possíveis sintomas estão dores abdominais, náuseas, vômito e parada na eliminação de gases e fezes. “A comida para de progredir no intestino, é como se o trânsito intestinal estivesse fechado, com a via bloqueada”, explicou a médica durante a programação da CNN.

Ela reforçou a urgência do diagnóstico já que é possível que a pressão feita pelo próprio intestino seja maior do que a feita pelos vasos sanguíneos, podendo gerar isquemia e, consequentemente, necrose e perfuração intestinal. O tratamento é variável seguindo Rizk, podendo se dar com “repouso, não ingestão de comida e hidratação” ou mesmo com cirurgia, a depender do caso.

No caso do presidente brasileiro, médicos ainda avaliarão a necessidade de uma intervenção cirúrgica; apesar disso o quadro do gestor é estável. Bolsonaro tem um histórico de internações similares desde que sofreu um atentado com faca em setembro de 2018.

- Comecei a passar mal após o almoço de domingo.
- Cheguei ao hospital às 03h00 de hoje.
- Me colocaram sonda nasogástrica.
- Mais exames serão feitos para possível cirurgia de obstrução interna na região abdominal. pic.twitter.com/NPgv6HwoHj

— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) January 3, 2022