Conheça a trajetória de Rolando Alexandre, novo diretor-geral da PF

O delegado tem registrado em sua trajetória profissional discursos de combate a "políticos corruptos" e já atuou como superintendente da instituição

15:37 | Mai. 04, 2020

Primeiro ato de Rolando Alexandre de Souza como diretor da Polícia Federal foi alterar o comando da Superintendência do Rio de Janeiro, área de interesse de Bolsonaro (foto: Reprodução/Governo do Alagoas)

Nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como novo diretor-geral da Polícia Federal (PF), nesta segunda-feira, 4, o delegado Rolando Alexandre de Souza tem registrado em sua trajetória profissional discursos de combate a “políticos corruptos”. A nova liderança da PF já foi também braço direito de Alexandre Ramagem, que teve nomeação suspensa para a chefia da instituição pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O vínculo com Ramagem vem da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), onde Rolando atuava como secretário de Planejamento e Gestão antes de ser indicado para chefiar a PF. Na ocasião, Souza era subordinado de Ramagem e tinha sua confiança, assumindo o papel de “braço direito” dele.

No currículo de Rolando também consta uma atuação como superintendente regional da PF em Alagoas, no qual atuava antes de entrar para Abin, em setembro de 2019. O combate a corrupção era um dos discursos mais adotados e defendidos por ele durante período em que esteve no cargo, chegando a mencionar, durante a cerimônia de sua posse, em que esse seria o “crime" a ter mais prioridade de combate.

Em 2017, Rolando esteve a frente do Serviço de Repressão a Desvios de Recursos Públicos (SRDP) da PF em Brasília. Enquanto exercia essa função, Souza chegou a dar palestras declarando que “político mata muito mais do que bandido” e que a corrupção dentro da política era mais perigosa do que o tráfico. As informações são do jornal Estadão.

Rolando assume a chefia da PF após Alexandre Ramagem ter sua nomeação suspensa pelo STF, devido a proximidade que tem com a família de Bolsonaro. Ramagem foi o primeiro indicado do presidente após a demissão de Maurício Valeixo, pivô da crise que levou Sérgio Moro a sair do Ministério.