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Votação para Comissão Especial do impeachment gera tumulto na Câmara

Diante da confusão, empurra empurra e gritaria nas urnas, Cunha pediu à segurança da Casa que garanta o acesso dos deputados às cabines de votação

16:43 | 08/12/2015
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Atualizada às 17h22min

A votação na Câmara dos Deputados para definir a Comissão Especial que analisará pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) começou com bate boca entre os parlamentares. A confusão começou após o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB), anunciar o procedimento da votação. Deputados do governo tentam parar a votação com questões de ordem, pois Cunha disse que não há manifestação nessa fase do processo. Até o momento, 470, dos 513 parlamentares já votaram.
[SAIBAMAIS 2]
A deputada Jandira Feghalli (PCdoB) apresentou questão de ordem, dizendo que o voto secreto é inconstitucional. O partido de Feghalli recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o modelo de votação. O presidente já havia anunciado que o voto seria secreto e que a chapa "oficial" seria a "chapa 1" e a chapa "pró-impeachment" seria a "chapa 2". O modelo é baseado na votação da Mesa Diretora.

Diante da confusão, empurra empurra e gritaria nas urnas, Cunha pediu à segurança da Casa que garanta o acesso dos deputados às cabines de votação. O áudio da transmissão ao vivo da sessão chegou a ser cortado, mas as imagens mostraram bate boca e deputados sendo contidos, como Paulinho da Força (SD) e Paulo Pimenta (PT).
[FOTO2] Segundo a Globo News, alguns parlamentares desligaram urnas de votação como forma de protesto contra a decisão de Cunha de determinar a votação secreta. A Polícia legislativa tentou conter os deputados, mas não conseguiu impedir a depredação dos equipamento. São 14 cabines adaptadas com urnas eletrônicas.

Nenhuma das duas chapas há componentes em número suficiente para formar a Comissão. Uma votação complementar terá de ser feita para preencher as 65 vagas. Após eleito, o grupo terá de elaborar um parecer a favor ou contra a abertura de processo de impeachment.

A votação está mais lenta por causa do dano a algumas urnas, cujo total não foi divulgado ainda. O presidente da Casa se manifestou, dizendo que esperará o tempo suficiente para que todos os deputados votem. "Vamos esperar uma hora, duas horas. O objetivo é que todos exerçam seu direito de voto", disse.

Redação O POVO Online
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