Pezão vai reunir governadores da base de Dilma contra impeachment
"Posso colocar minha solidariedade, pedir a deputados do Rio, todos os governadores. Ontem conversei com diversos, toda a bancada, o Nordeste. Não tenho a pretensão e não tenho essa passagem por todos os governadores", disse. "A gente tem uma democracia muito nova. Em 1989 votamos para presidente da República. Se toda hora que estiver ruim um presidente, governador e um prefeito você tirar... Não se faz democracia assim. Não se pode brincar com impeachment. Não é a pauta do momento", avaliou.
Cortes
Pezão deu a entrevista na saída de uma reunião com empresários na Associação Comercial do Rio, na qual defendeu o "Estado mínimo" no Rio para tentar sair do vermelho. Ele disse que fez cortes em gratificações, telefonia e carros oficiais a ponto de voltar ao patamar de custeio de 2012. Mas ressalvou que não é esse tipo de iniciativa que vai salvar as contas.
"Temos o maior déficit dos Estados do Brasil. Eu não tenho máquina de dinheiro, não tenho banco, vivo da receita que a gente recebe, e a inadimplência está muito grande", reafirmou Pezão, referindo-se à queda da arrecadação dos impostos e dos royalties do petróleo este ano. "Vou cortar mais, vou até o osso. Não quero passar em 2016 o que passei em 2015." A Associação Comercial criou uma comissão de trabalho para traçar estratégias que colaborem para tirar o Estado da crise financeira.