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Não quero que a relação entre Dilma e Temer se estresse, diz Wagner

12:25 | 22/12/2015
O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, espera que os laços entre a presidente Dilma Rousseff e seu vice, Michel Temer, sejam reatados em breve. "Não quero que a relação entre Dilma e Temer se estresse", afirmou, em encontro com jornalistas nesta terça-feira, 22. "Ele continua vice e ela continua presidente. Brigas entre titular e vice são comuns na política, mas eles têm maturidade suficiente para lidar com isso", garantiu.

Wagner avalia que eles precisam continuar a trabalhar em conjunto no próximo ano e que a repercussão do desentendimento entre os dois partiu de terceiros, com o intuito de plantar intrigas. Segundo Wagner, os desentendimentos recentes entre presidente e vice podem ser vistos de forma "salgada" ou "doce", mas que ele prefere ficar com "as melhores partes desse filme".

O ministro relatou que, antes do incidente da carta que Temer enviou à Dilma, os dois tiveram uma conversa amigável no gabinete da presidente, em que trataram inclusive de assuntos familiares. Ele espera que esse seja o tom das conversas que vão se sequenciar.

Renan

Sobre a relação de Dilma com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Wagner considera positiva. "Pelo menos na fotografia de hoje, a relação de Dilma com Renan é muito boa", afirmou. O ministro ponderou, entretanto, que "essas relações nunca são totalmente estáveis".

O ministro reconheceu que, no início do ano, Renan estivesse mais afastado do Planalto, mas que a relação com o Senado sempre foi mais "tranquila". "Renan sempre teve críticas ao modelo econômico, mas aliados dentro do PT também têm. É natural", afirmou.

Wagner também considera legítima a iniciativa do presidente do Senado de trazer um agenda própria para resgate da economia. Falou em referência ao projeto da Agenda Brasil, conjunto de propostas que tramitam no Senado. "É um protagonismo positivo, até porque ele é presidente de um Poder que tem autonomia em relação a Dilma. Existem muitas matérias na Agenda Brasil que considero positivas, o Senado não tem que votar apenas matérias enviadas pelo Executivo".

O ministro também defendeu que a quebra de sigilo fiscal e telefônico do presidente do Senado, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), não altera a relação dele com a presidente. Assim como outros assuntos relacionados à Lava Jato. Wagner tentou minimizar a influência do Executivo sobre as investigações.

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