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Movimentos de apoio e contrários a Dilma marcam datas para novos protestos

08:55 | 04/12/2015
Um dia depois da decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pelo acolhimento do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o PT e os movimentos de rua anti-Dilma decidiram voltar a disputar o protagonismo nas ruas em manifestações por objetivos distintos. De um lado, aliados da presidente vão defender o mandato e "a democracia contra o golpe" e, de outro, grupos defenderão o impedimento da presidente.

Na próxima segunda-feira, dia 7, dirigentes do PT, de partidos e movimentos sociais aliados se reúnem no centro de São Paulo para traçar a estratégia de mobilização nacional em defesa "da democracia". A reunião, de acordo com o presidente nacional do PT, Rui Falcão, foi convocada pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) e contará com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A estratégia da defesa, segundo Falcão, será atuar em três frentes: questionando o pedido judicialmente no Supremo Tribunal Federal, atuando junto aos deputados para impedir a abertura do processo e "debatendo com a sociedade", criando mobilizações de rua. "O que está em jogo agora é a democracia do País, que foi conquistada duramente", disse Falcão.

Já os grupos pró-impeachment definiram nesta quinta-feira, 3, a data para a próxima manifestação. Será no próximo dia 13, na Avenida Paulista, em São Paulo. "No dia 13 faremos um 'esquenta' e anunciaremos a próxima grande manifestação", diz Renan Santos, porta-voz do Movimento Brasil Livre.

A data foi definida em reunião em que estiveram presentes os representantes das principais organizações responsáveis pelas manifestações de maio, junho e agosto, que levou às ruas milhões de pessoas em diversas cidades brasileiras. Os grupos aguardam uma decisão dos deputados sobre o adiamento ou a manutenção do recesso parlamentar para definir a data. "Nosso plano era ter uma ação mais gradativa, mas agora aceleramos o processo", afirma Rogério Chequer, do Vem Pra Rua.

Na Câmara, líderes oposicionistas consideram as mobilizações de rua fundamentais para o processo. "É preciso pressão popular para que o impeachment avance", pontua o deputado Mendonça Filho (PE), líder do DEM na Câmara. "Vamos mobilizar o movimento sindical. Também vamos mobilizar artistas, celebridades e jogadores de futebol", disse Paulinho da Força (SD-SP), um dos principais aliados de Cunha na Casa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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