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Impeachment é "golpe, chantagem e achaque", dizem deputados cearenses

Decisão de Eduardo Cunha dividiu deputados estaduais cearenses. Assunto foi dos mais comentados na tribuna da Casa

11:08 | 03/12/2015
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Decisão de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em acatar pedido de impeachment contra Dilma Rousseff (PT) no Congresso dividiu deputados estaduais cearenses nesta quinta-feira, 3. Da tribuna da Assembleia, parlamentares se dividiram entre os que consideram a ação positiva para a democracia e os que a classificaram como “golpe, retaliação, barganha e chantagem”.

“Nosso mandato se posiciona frontalmente contra qualquer forma de golpismo e repudia a ruptura democrática sem comprovações reais de crime”, disse Carlos Felipe (PCdoB). Segundo o deputado, não foi “coincidência” que o processo tenha sido acatado por Cunha poucas horas após o PT decidir votar contra ele no Conselho de Ética da Câmara.

[SAIBAMAIS 3]"Chantagem"

“Isso foi retaliação, barganha e chantagem”, diz. A deputada Rachel Marques (PT) também repudiou ação de Cunha, destacando que momento atual do país cobra “muita responsabilidade” com a democracia. Já Renato Roseno (Psol) disse que, apesar de ser opositor a Dilma, discorda da “instrumentalização de procedimento tão grave”.

Líder do governo na Assembleia, Evandro Leitão (PDT) disse "lamentar" que "a chantagem e o achaque" tenham prevalecido. "Isso nos entristece e nos deixa indignado. O que ele (Cunha) está fazendo é chantagear a base governista. Isso foi para tentar sobreviver e tirar os holofotes de si", disse.

Outro lado

Em resposta aos críticos do impeachment, diversos deputados se manifestaram também em defesa da saída da presidente do cargo. “O impeachment é garantido pela Constituição Federal, não é golpe. Golpe é fechar os olhos e fingir que está tudo bem quando não está”, disse Dra. Silvana (PMDB), que acusou Dilma de “enganar a população” em sua campanha.

Leonardo Araújo (PMDB), Roberto Mesquita (PV) e Danniel Oliveira (PMDB) elogiaram o discurso da colega. “Se for comprovado que as acusações contra ela não procedem, então acabou. Mas se sim, então teremos a oportunidade de passar o País a limpo”, disse Oliveira. Em sua fala, Leonardo Araújo defendeu que tanto Dilma quanto Cunha devem ser afastados.

Redação O POVO Online

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