Emídio diz não ter temor sobre o que Delcídio possa falar
Depois de ser o primeiro senador da República a ser preso no exercício do mandato, suspeito de tentar obstruir investigações da operação Lava Jato, Delcídio não recebeu manifestação de apoio do PT ou do Planalto. Pelo contrário, o presidente nacional do partido, Rui Falcão, divulgou ontem uma nota dizendo que a legenda não devia solidariedade ao senador.
Apesar da declaração e de ter dito ser pessoalmente favorável à expulsão de Delcídio do partido, Emídio admitiu que a prisão dele é preocupante para o governo. "O prejuízo ao governo é evidente, ele é líder do governo, homem de confiança do governo, é o principal articulador político no Senado dos interesses do governo. Agora, o governo não tem nada a ver com o que ele fez, a atitude dele é outra coisa, ele tem que responder por isso."
Emídio comentou também a posição de senadores do PSDB que demonstraram solidariedade a Delcídio no plenário na noite desta quarta-feira - Aloysio Nunes (SP) chegou a dizer que não gostaria de ver nada provado contra o senador, que já foi filiado ao PSDB. "Também não gostaria de ver provado nada, gostaria que isso tudo fosse mentira, mas o PSDB não tem autoridade nenhuma para falar disso", afirmou, destacando que também foi preso ontem o banqueiro André Esteves, amigo e "patrocinador", segundo ele, do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves.