O deputado Heitor Férrer (PDT) acabou causando uma confusão na Assembleia Legislativa quando tentou-se aprovar seis mensagens do Governo sem que houvesse em plenário o número mínimo de parlamentares para se iniciar a votação. Uma delas garante mais recursos para a Cagece.

O painel da Casa mostrava a presença de 34 deputados, mas dentro do plenário havia apenas 15. Foi então que Heitor pediu verificação de quórum, causando revolta em alguns colegas parlamentares que integram a base aliada do governador Cid Gomes (PSB).

Um deles foi Lula Morais (PCdoB), que pediu coerência a Heitor Férrer. Segundo o deputado comunista, o pedetista já aprovou matérias mesmo com a não existência de quórum suficiente. Situação que Heitor negou de imediato. "Sou coerente, sim! Essa acusação é leviana!", reagiu.

Tim Gomes (PHS) também criticou Heitor, afirmando que se tratava de uma manobra do pedetista para barrar a votação. Ele acusou Heitor de atuar para tentar fazer parecer que a votação era irregular.

Companheiro de bancada de Heitor, o Delegado Cavalcante saiu em sua defesa, afirmando que o pedestia agiu corretamente. "Ele apenas pediu o que diz o Regimento. Essas agressões vieram num momento errado. E ainda vem deputado assumir que já votou matéria sem ter quórum. Ele está se autoflagelando, confessando que vota coisas na ilegalidade. Todo mundo sabe aqui que quinta-feira é dia de votação", criticou.

Enquanto o bate-boca se desenvolvia, era colocado em prática um movimento para levar deputados que estavam em seus gabinetes ou outros locais ao plenário, chegando-se ao número de 25 presenças. Assim, todas as matérias foram aprovadas de forma consensual.