Deputado estadual em seu segundo mandato consecutivo, o candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Carlos Giannazi, concorre a um cargo executivo pela primeira vez. Sua plataforma de campanha é baseada na defesa da Educação e na ampliação da participação popular nas decisões políticas, entre elas a eleição para a escolha dos subprefeitos. Giannazi tem 50 anos, nasceu em São Paulo, foi professor e diretor de escola pública, o que o aproximou da causa da Educação.

Pelo PT, Giannazi assumiu o mandato de vereador em 2001 e em 2005 foi expulso do partido por votar contra o projeto da então prefeita petista, Marta Suplicy, que mudava o sistema de investimento municipal em Educação. Nesta campanha, o candidato prega que sejam destinados 31% do orçamento para a rede de ensino pública de São Paulo. Sua coligação, a Frente de Esquerda, conta com o apoio do PCB, partido do seu vice, Edmilson Costa.

Ao longo da campanha, Giannazi fez duras críticas à política de privatizações realizadas no governo Fernando Henrique Cardoso, de 1995 a 2002. Seu ex-partido, o PT, também foi alvo de críticas e, em diversas situações, citou o julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e a aliança com o PP do deputado federal Paulo Maluf.