Patrus ganha direito de resposta em site de Lacerda
Após uma troca de ataques entre integrantes das duas coligações, foi divulgada no site oficial da candidatura de Lacerda matéria com o título "Campanha de Patrus Ananias estimula servidor a grampear ilegalmente colegas de trabalho", acusando o petista de incentivar um servidor público a gravar conversas com colegas para comprovar o suposto assédio. Para a Justiça, porém, a divulgação da notícia, sem provas da acusação, fere a lei.
Segundo o juiz Maurício Ferreira, relator do recurso no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), o ato tem "aptidão para influenciar negativamente a vontade dos eleitores". "A publicação de nota no site de campanha dos requeridos, com afirmação de que a campanha da coligação recorrente incentiva a prática de 'grampos' em conversas de servidores públicos municipais, 'sem o mínimo elemento probatório a sustentar a tese', constitui prática ilegal", avaliou.
Pela decisão da corte, além de retirar a notícia do ar, o site de Lacerda deve divulgar o direito de resposta produzido pela campanha adversária pelo dobro do tempo em que o material ficou disponível para leitura. A notícia ficou no site entre 15 de agosto e site nesta quarta, o que soma 43 dias no ar. O texto foi retirado da página quando a candidatura socialista foi notificada da decisão judicial, mas o material da campanha petista não foi publicado. Os advogados de Lacerda recorreram da decisão e, segundo sua assessoria, o direito de resposta só será divulgado se a Justiça negar o recurso. O Judiciário deve ser pronunciar até o início da próxima semana, a última antes do pleito.