�Tchu-tchar� não é ofensivo, diz juiz eleitoral
A disputa semântica se refere ao termo "tchu-tchar", usado em um programa de rádio da campanha petista para ironizar o tucano. Na peça, o locutor afirma que Serra irá "tchu-tchar" a cidade se for eleito.
Coube ao juiz Henrique Harris Júnior decidir se "tchu-tchar" tem ou não conotação sexual. Ele se pronunciou nesta terça-feria (11) pela liberação do termo. "Não se vislumbra nenhuma maledicência ou duplo sentido com conotação sexual ou de atos libidinosos", sentenciou.
Os advogados de Serra pediam o fim da veiculação da programa, argumentando que "tchu-tchar" deriva de "chuchar" que, segundo o dicionário Houaiss, pode significar "mamar no seio, praticar sexo oral". Para eles, a paródia insinua que Serra cometeria vulgaridades com a cidade. O PT rebateu, dizendo que não houve ridicularização do oponente e que o termo foi usado para mostrar o suposto desejo de mudança do eleitor.
Na decisão, Harris Júnior afirmou que a paródia se insere no direito de crÃtica. "Se os representantes (tucanos) entendem que o termo Â?tchu tchaÂ? tem conotação maliciosa, deveriam ter refletido sobre tais questões antes de terem adotado como jingle a melodia da obra musical", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo