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Clinton revela que pretende ter ONG no Brasil até o próximo ano

11:58 | 28/08/2012

O ex-presidente norte-americano Bill Clinton fez ontem um discurso em defesa do papel das Organizações Não-Governamentais (ONGs), no campus da Universidade de Fortaleza (Unifor), onde fez palestra para uma plateia de empresários, políticos, executivos e acadêmicos. Clinton dirige uma entidade, a Clinton Global Initiative (CGI). Ele já anunciara a intenção de não apenas atuar, mas ter uma CGI no Brasil até o próximo ano. Clinton disse que o trabalho da fundação dele é hoje em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba.

Para Clinton, para uma ONG funcionar bem é importante que o País tenha um bom governo. Ele citou os recentes governos brasileiros, a partir de Fernando Henrique, de quem é amigo. “Países desenvolvidos precisam não só do setor privado, mas também das ONGs”.

No rol de atividades da CGI, discutir soluções para os problemas do mundo Nas articulações, governos, empresas e outras ONGs. A CGI atua em projetos de energia, meio-ambiente, educação e saúde. Ancorada na popularidade de Clinton, a ONG também agiu em países atingidos por tragédias naturais, como o Tsnunami na Tailândia e o terremoto do Haiti.

Ele insistiu num mote durante a palestra, intitulada “Embracing our Common Humanity - Sustentabilidade e Desenvolvimento Global": a colaboração. “O mundo pertence aos colaboradores”, disse. Clinton alertou para o desafio mundial de produzir energia limpa e destacou o papel do Brasil na área.  “O mundo todo está de olho no que o Brasil está fazendo em relação ao meio ambiente”.

Ele citou o exemplo de São Paulo na reciclagem de lixo domiciliar. Mencionou o potencial do etanol brasileiro “São 9,3 galões de etanol para cada galão de petróleo. Nada supera isso”. Ele sugeriu que se trabalhe para reduzir os custos dos painéis solares e se aumente a eficiência. “Petróleo e carvão são como poder do sol enterrado no chão”.

O ex-presidente listou as mudanças climáticas como um problema “seriíssimo”. Segundo ele, há cidades norte-americanas que  terão de recuar pro conta do avanço do Oceano Atlântico. “As seguradoras já calculam o custo disso”. Clinton elogiou o desempenho do Brasil em conseguir crescer reduzindo a pobreza. Para ele, o papel de políticas compensatórias, como o Bolsa Família é importante.

Em um momento da fala, Clinton comentou: “Perdi duas eleições antes de ser eleito presidente dos Estados Unidos. Faz parte da vida”. Ouvindo estavam Elmano Menezes (PT), Heitor Férrer (PDT), Inácio Arruda (PC do B), Moroni Torgan (DEM) e Roberto Cláudio (PSB). Só Inácio e Roberto Cláudio estavam na sala VIP antes do início da palestra. Inácio como senador. Roberto Cláudio como presidente da Assembleia Legislativa. Ele brincou com a condição de ex-presidente, agora, segundo ele, imune às críticas. “Até os republicanos estão falando coisas boas de mim”.

Jocélio leal

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