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Secretários do PT defendem volta ao governo, mas prometem entregar cargos se partido assim decidir

10:47 | 06/07/2012

Sob pressão da presidente estadual do PT, Luizianne Lins, os secretários do partido que retornaram nesta semana ao governo Cid Gomes (PSB) enfatizaram que a ruptura com o aliado só se deu em Fortaleza. Luizianne, contudo, ressaltou que o cenário de tensão entre as duas legendas é nacional.

O secretário estadual da Cultura, Francisco Pinheiro, disse que há documentos e resoluções do partido que referendam a aliança e não foram até agora alterados. "A decisão não é individual. A ruptura não se deu. Se deu em Fortaleza. Temos vários municípios em aliança com o PT. A aliança estadual e nacional está mantida".

Camilo Santana, secretário das Cidades, enfatizou que os três só haviam deixado o governo no começo de junho para cumprir o prazo de desincompatibilização e, assim, ficarem à disposição para eventual acordo em torno do nome de um deles para ser o candidato a prefeito de Fortaleza. Assim, segundo ele, a situação não mudou. "É importante dizer que não existem só três secretários do PT no Governo. Existem várias pessoas do PT no Governo".

Nelson Martins, que reassumiu a pasta do Desenvolvimento Agrário, defendeu a necessidade de se manter as portas abertas para o segundo turno, onde, segundo ele, a possibilidade de Elmano de Freitas (PT) estar é "muito grande". "Podemos precisar do PSB aqui em Fortaleza no segundo turno. A aliança estadual existe, foi aprovada em convenção e a aliança não foi desfeita". Camilo também enfatizou a necessidade de evitar acirramento para um eventual acordo na segunda fase da campanha.

Eles citaram ainda as várias alianças em outros municípios. Em Fortaleza, prometeram engajamento na campanha de Elmano. Todavia, admitiram entregar os cargos, se for essa a deliberação partidária.
"Se o partido mudar as resoluções, eu vou seguir a orientação. E aí todos os cargos ocupados por petistas no Governo do Estado, deverão ser entregues, para ter coerência", defendeu Pinheiro.

"Vou ser o primeiro a cumprir, se houver orientação partidária (de deixar o Governo)", confirmou Camilo.

Informações de Lucinthya Gomes

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