PPS pede convocação de Russomanno pela CPI
Reportagem publicada nesta terça pelo jornal Correio Braziliense revela que, segundo relatório feito pela Polícia Federal enviado à CPI, Russomanno é citado como suposto detentor de R$ 7 milhões em uma conta no exterior operada pela organização de Cachoeira.
No relatório, a PF aponta uma série de conversas telefônicas sobre o dinheiro que pertenceria a Russomanno. Alex Antonio Trindade, tido pela PF como responsável por fazer remessas ilegais ao exterior supostamente para o grupo, afirmou a um interlocutor identificado apenas como Fábio que ele tinha um contrato assinado com Russomanno para operar para ele. E que sabia ainda que o montante em questão estava disponível, sendo R$ 4 milhões em um cofre e os outros R$ 3 milhões na conta, prontos para "serem transferidos".
O documento da PF, de 130 páginas a que o Grupo Estado teve acesso, lista várias conversas entre Alex, Fábio e Gleyb Ferreira da Cruz, um dos principais comparsas de Cachoeira. O relatório indica que o trio realizaria operações conhecidas no mercado de câmbio de dólar-cabo.
Usadas para fugir do controle das autoridades monetárias e vez por outra suspeitas de lavagem de dinheiro, as transações são realizadas da seguinte forma: uma pessoa que deseja enviar dinheiro para o exterior se vale de um doleiro que, a taxa pré-fixada entre as partes pelo serviço, repassa a quantia para uma conta lá fora ou mesmo faz a entrega em espécie.
"É uma acusação grave, na medida em que é um relatório da PF com base em escutas telefônicas", afirmou o líder do PPS. Segundo Bueno, é preciso que Russomanno esclareça "o mais rápido possível" sua relação com os envolvidos. Segundo Bueno, "ajuda e contribui" a disposição de Russomanno de oferecer os sigilos do candidato nos últimos 18 anos. Para ele, mostra disposição do candidato em esclarecer.