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Para evitar cassação, Demóstenes pede perdão em discurso no Senado

Demóstenes citou nominalmente boa parte dos senadores. Ao final do discurso ele agradeceu ie disse que voltaria mais vezes ao plenário até o dia em que será votada sua cassação

17:39 | 02/07/2012
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Prestes a ter seu processo de cassação julgado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) ocupou nesta segunda, 2, a tribuna do Senado para pedir perdão a cada um dos senadores. Ele citou nominalmente boa parte deles, na tentativa de evitar a cassação no julgamento marcado para o próximo dia 11 e prometeu voltar a discursar várias vezes até lá. “Tenham a certeza, sou inocente. Obrigado, senhor presidente, amanhã estarei aqui de novo”, disse Demóstenes.

Ponto a ponto, Demóstenes tentou explicar o parecer do Conselho de Ética do Senado que pediu a cassação de seu mandato. Ele se disse vítima de um processo de difamação ocasionado pelo vazamento de conversas gravadas pela Polícia Federal, durante as operações Vegas e Monte Carlo. “Nada fiz para merecer a desconstrução de minha honra”, disse o senador.

“Em virtude desses diálogos divulgados a conta-gotas, fui delineado como o vilão que tanto combati. Estou aqui de conciência tranquila, lutando pela meu mandato. A todos reafirmo a minha inocência”, destacou.

O pedido de casssação do mandato de Demóstenes foi aprovado há 15 dias, por unanimidade, no Conselho de Ética do Senado. O processo está na CCJ do Senado e já teve parecer favorável à constitucionalidade, emitido pelo relator, Pedro Taques (PDT-MT).

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O julgamento de Demóstenes na comissão está marcado para quinta-feira (4) e no dia 11 será julgado no plenário.

Demóstenes tratou de rebater as acusações constantes na representação e disse que era amigo do empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, suspeito de operar um esquema de jogos ilegais e tráfico de influência que contava com a participação de políticos e empresários.
Apesar de admitir a amizade, Demóstenes negou ter colocado seu mandato a serviço do esquema atribuído a Cachoeira. “Nunca tive negócios legais ou ilegais com ele. Não tive sociedade ou participação em delitos investigados pelas operações Veja e Monte Carlo. Não, eu não coloquei meu mandato a serviço de Cachoeira e sim a serviço das forças produtivas do meu estado e do meu Brasil.”

Agência Brasil

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