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CGU suspeita que empresas tenham praticado 'atos ilícitos' em contratos com o Dnit

As suspeitas surgiram a partir de investigações da Operação Mão Dupla, executada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF)

17:25 | 03/07/2012

A Controladoria-Geral da União (CGU) decidiu investigar cinco empresas com contratatas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Ceará por suspeitar de "práticas ilícitas” na realização das obras. O órgão publicou portarias nesta terça, 3, no Diário Oficial da União (DOU), que oficializam a instauração de processo administrativo contra as prestadoras de serviço.

As suspeitas surgiram a partir de investigações da Operação Mão Dupla, executada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF).

Operação Mão Dulpa

Em setembro de 2011, reportagem especial de O POVO revelou com exclusividade as cifras do rombo provocado por fraudes no Dnit, segundo as investigações da Operação Mão Dupla. O desfalque, calculado pela CGU
por pagamento de serviços não comprovados e danos ao erário, chegou a R$ 27.852.989,08 (vinte e sete milhões, oitocentos e cinquenta e dois mil, novecentos e oitenta e nove reais e nove centavos). Entre as irregularidades encontradas pela CGU habvia casos como o de um trecho da BR-116, com contratos para tapar buracos e refazer a BR ao mesmo tempo.  

A operação Mão Dupla havia motivado a instauração de processo administrativo contra a Construtora Delta, que acabou declarada inidônea para contratos com a administração pública no início de junho deste ano. Agora, cinco novas empresas estão na mira da CGU.

As empresas
De acordo com as portarias, se confirmadas as suspeitas, podem ser declaradas inidôneas as empresas: RNR Consultoria de Engenharia Ltda., NBR Engenheiros Consultores Ltda., Consultoria de Engenharia HSZ Ltda., Construtora G&F Ltda., e Maia Melo Engenharia Ltda.

O processo corre em segredo de justiça e, de acordo com a CGU, as empresas terão direito à ampla defesa.

O POVO procurou cada empresa para ouvir suas versões. Pela empresa NRN Engenheiros Consultores, um funcionário que se identificou apenas como Danilo,  disse que "todos estavam ocupados no momento" e a empresa não iria se pronunciar ainda. Quanto às demais empresas, ninguém atendeu aos telefonemas da reportagem até o fechamento desta página.

Redação O POVO Online

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