Polarização faz PCdoB apoiar Haddad em São Paulo
O cacique da sigla admitiu que o PCdoB cogitou a possibilidade de investir em uma candidatura de terceira via mas não encontrou respaldo do PRB, de Celso Russomanno, tampouco do PDT do deputado federal Paulo Pereira da Silva e do PMDB do deputado federal Gabriel Chalita. Wander lembrou que esses partidos se colocaram como uma opção, mas que em nenhum momento eles abriram mão da cabeça de chapa.
Segundo ele, o partido não impôs a condição de indicar o vice para formar a aliança com Haddad. Wander também negou que a situação política em outras cidades, como Porto Alegre e Fortaleza, tenham sido colocadas em debate para chancelar o acordo. "Cada município é uma lógica. Cada lugar é uma cultura, é uma realidade diferente", afirmou. O dirigente disse que só a partir desta terça-feira eles poderão conversar com Haddad sobre a indicação de um nome para vice. "Vamos fazer uma coisa de cada vez", respondeu.
O dirigente comunista garantiu que em nenhum momento a direção do partido ofereceu nomes para substituir a vaga da deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP), que deixou a chapa após a formalização da aliança entre PT e o PP do deputado federal Paulo Maluf. "A direção não discutiu isso (vice), isso não saiu do campo da especulação", afirmou.
Para Wander, a definição do vice cabe apenas ao pré-candidato Fernando Haddad. "Tem de ser uma escolha dele, não pode haver imposição. Ele tem de ficar à vontade", defendeu.