Fux diz que nunca sofreu pressão do PT por mensalão
Nesta quarta, nota publicada na coluna Panorama Político, do jornal O Globo, atribuiu ao ministro Gilmar Mendes a informação sobre a extorsão. "É coisa de canalha, de gângster mesmo. Passar isso (conteúdo de escutas) para mídia é coisa de fascistas. Eles (os petistas) estavam extorquindo o Toffoli e o Fux. Oprimindo os dois. Estou indignado com essa estória de Berlim. Não vamos tratar como normal o que não é normal. Estamos lidando com bandidos". Procurado pelo Grupo Estado, Gilmar não quis se manifestar. O ministro Dias Toffolli estava em viagem.
Reportagem da revista Veja desta semana revelou a existência de um documento preparado pela liderança do PT para orientar as ações dos parlamentares do partido na CPI do Cachoeira. Do roteiro, consta um resumo do noticiário e do inquérito da Monte Carlo vazado sobre alguns personagens-chave, entre eles o próprio Gilmar e o procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
O documento destina quatro tópicos a Gilmar Mendes, que, segundo relatou o ministro, foi pressionado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a trabalhar pelo adiamento do julgamento do mensalão. Para tanto, segundo versão do integrante do STF, Lula teria oferecido uma blindagem na CPI do Cachoeira.
São dedicados a Mendes quatro tópicos: 'O processo da Celg no STF', 'Satiagraha, Fundos de Pensão, Protógenes', 'Filha de Gilmar Mendes' e 'Viagem a Berlim'.
O documento do PT também contém passagens com citações que envolvem personagem da base, até petistas. O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, por exemplo, é mencionado no dossiê.
No documento feito pelos petistas empregados na liderança do partido no Congresso, Gurgel é acusado de engavetar o caso conhecido como Operação Vegas, em que a Polícia Federal investigou o jogo ilegal no Brasil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.