Fim do teto salarial cria privilégios, diz Alvaro Dias
"Nós temos que combatê-la com veemência, porque é um absurdo. O teto constitucional foi um avanço, uma conquista da sociedade. Essa iniciativa é um retrocesso imperdoável. É tentativa de se constituir uma casta de privilegiados no serviço público do País, na contramão das aspirações da sociedade, no momento em que o País tem demandas sociais incríveis", afirmou.
Para Alvaro Dias, a proposta abriria uma brecha para que outros setores da sociedade apresentem "reivindicações semelhantes". É o caso, exemplificou, dos próprios deputados e senadores. Pelo texto aprovado, caberia exclusivamente ao Congresso fixar o maior salário pago na administração pública federal.
A PEC ainda vincula os salários dos parlamentares aos vencimentos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), instituindo dessa forma um gatilho automático para a concessão de reajustes. "É evidente que se trata, de certa forma, do corporativismo, de parlamentares legislando em causa própria. Isso é condenável", disse.