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PSDB critica atitude de Lula no episódio Gilmar Mendes

O senador Aécio Neves classificou de "muito grave" a interfância de um ex-presidente em outro Poder. O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, disse que atitude de Lula é atentado à democracia

12:05 | 30/05/2012
O presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), e o senador Aécio Neves (MG) criticaram nesta quarta-feira, 30, a atuação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no episódio que envolveu o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. A cúpula nacional do PSDB está reunida em um hotel em Brasília com os pré-candidatos a prefeito das cem maiores cidades do País.

Aécio considerou "muito grave" que um ex-presidente busque interferir em outro Poder. Lembrou que vem de uma escola política que preserva muito a liturgia do cargo, e que se confirmada a conversa entre Lula e Gilmar - "e há algo de veracidade no relato de Gilmar" - "é triste para a democracia e grave do ponto de vista das instituições". O presidenciável do PSDB disse que Lula surpreendeu o País e que essa não era a expectativa dos que acreditaram na palavra dele. "Ninguém está acima da lei e ninguém pode tudo num país que preze a democracia", declarou o senador, para quem houve excesso na ação de Lula e que a população brasileira deverá julgar.

Aécio também lembrou que antes de deixar o cargo, Lula dizia que iria mostrar o comportamento adequado de um ex-presidente, até para tentar contestar alguns artigos de seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso.

Em sua fala aos prefeitos, o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, disse que leu nos jornais que o ex-ministro José Dirceu, que responde ao Supremo Tribunal Federal na ação do mensalão, "está morrendo de nervoso" diante da expectativa de a Justiça ser feita. Para Guerra este é um momento de muita tensão, que exige muito cuidado e firmeza da oposição. "É não vacilar contra a denúncia. É denúncia não conta nós, mas contra a democracia, contra o Judiciário. É o procurador da República ontem, o ministro do Supremo, hoje e amanhã será a sociedade. Nunca se viu um ex-presidente ameaçar um ministro do Supremo", disse.

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