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Após abusos, Suécia planeja festival só para mulheres

08:06 | 07/07/2017
A edição de 2018 do festival Bravalla foi cancelada em razão das denúncias de crimes sexuaisApós denúncias de abusos sexuais e estupros cometidos num dos principais eventos musicais do país, organizadores planejam evento livre de homens. "Até que eles aprendam a se comportar."Após inúmeros relatos de abusos sexuais e estupros cometidos nas últimas edições de um dos maiores festivais da Suécia, o Bravalla, começa a ganhar corpo no país uma iniciativa para organizar um evento musical de grande porte exclusivo para mulheres. A iniciativa deverá durar "até que os homens aprendam a se comportar", disse a radialista e comediante Emma Knyckare no inicio desta semana. Segundo ela, será reunido um "grupo sólido de organizadores talentosos e líderes de projetos" para levar a ideia adiante. A edição de 2018 do festival Bravalla foi cancelada em razão das denúncias de crimes sexuais. "Alguns homens, aparentemente, não sabem se comportar. É uma vergonha. Em razão disso, decidimos cancelar o Bravalla 2018", disseram os organizadores em comunicado. A polícia no distrito de Ostergotland, no sudeste do país, afirma ter recebido quatro queixas de estupro e 23 de agressões sexuais durante os quatro dias do evento. Na edição do ano anterior, a imprensa relatou cinco casos de estupro. Denúncias semelhantes foram registradas em outros festivais na Suécia e em outros países. O primeiro-ministro sueco, Stefan Lofven, condenou os incidentes e prometeu maior segurança nos festivais do país. "Isso é repugnante. Essas são ações desprezíveis de homens deploráveis", afirmou. "Isso tem de parar." No Reino Unido, a ideia de eventos musicais exclusivos ao público feminino já foi posta em prática. O festival de Glastonbury dedicou uma área inteira a "todas as pessoas que se identificam como mulheres", chamada The Sisterhood ("A Irmandade" – o nome que se refere ao gênero feminino, utilizando a palavra "irmã" em inglês) "Os produtores da The Sisterhood acreditam que espaços exclusivos para as mulheres se fazem necessários num mundo que ainda é governado e projetado para beneficiar principalmente os homens", afirmaram os organizadores em comunicado. RC/afp/ap
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