Mattis: estratégia contra Estado Islâmico mudou para "táticas de aniquilação"
As forças iraquianas lançaram uma ofensiva para recuperar os últimos distritos de Mossul ainda sob controle do Estado Islâmico, considerado o estágio mais difícil desta batalha que já chega ao oitavo mês. Exército, polícia e unidades de elite antiterrorismo iniciaram o ataque às margens da Cidade Velha de Mossul antes do alvorecer do sábado, apoiados por ataques aéreos e de artilharia da coalizão liderada pelos EUA. Explosões foram ouvidas a partir das 3h (horário local) e continuaram até a tarde. "Nossa missão principal é libertar as pessoas antes de libertar o território", disse o brigadeiro-general Yahya Rasool, porta-voz do Exército iraquiano, no sábado.
Com a cidade inteira cercada por forças iraquianas, os comandantes dos EUA e do Iraque estão esperando que os militantes apresentem uma resistência feroz no pedaço remanescente da cidade que ocupam. "Nossa intenção é que os combatentes estrangeiros não sobrevivam à luta para retornar para casa no norte da África, na Europa, na América, na Ásia, na África", disse Mattis. "Nós não vamos permitir que eles façam isso. Nós vamos pará-los lá."
As tropas iraquianas terão de conduzir as batalhas finais a pé, deixando de lado veículos blindados que são muito grandes para as ruas e vielas da região, que ainda abrigam cerca de 200 mil civis.
A Organização das Nações Unidas (ONU) também está atenta aos desdobramentos da batalha, já que a expectativa é de que a maior parte da população que ainda vive na cidade fuja para campos de refugiados já superlotados. Na sexta-feira, a ONU disse que os que ficaram atrás das linhas do Estado Islâmico não têm água limpa, remédios e comida e foram levados pelos militantes para casas cheias de explosivos para serem usados como escudos humanos. Fonte: Associated Press.