EUA intercepta novo petroleiro na costa da Venezuela
Os Estados Unidos interceptaram um segundo navio petroleiro com carregamento de óleo na costa da Venezuela ampliando a pressão militar e diplomática contra o governo de Nicolás Maduro, em meio a um bloqueio marítimo
19:06 | Dez. 20, 2025
Os Estados Unidos interceptaram um novo navio petroleiro na costa da Venezuela, neste sábado, 20, noticiou a imprensa americana, no momento em que o presidente Donald Trump aumenta a pressão sobre Caracas com um bloqueio petroleiro.
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Forças americanas já haviam apreendido, na semana passada, um navio petroleiro na costa venezuelana, uma operação denunciada como "pirataria naval" pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Citando um funcionário americano e duas fontes do setor petrolífero venezuelano, o jornal The New York Times informou que a embarcação interceptada era um navio de bandeira panamenha que transportava óleo cru, havia partido recentemente da Venezuela e se encontrava em águas caribenhas.
A rede de TV CNN reportou que a operação foi apoiada pelo Exército dos Estados Unidos e ocorreu em águas internacionais. Consultados pela AFP, a Guarda Costeira dos Estados Unidos e o Pentágono não comentaram as informações e encaminharam as perguntas para a Casa Branca, que não respondeu até o momento.
Os Estados Unidos acusam Nicolás Maduro de chefiar uma rede de narcotráfico, e multiplicaram suas medidas econômicas e militares para pressionar Caracas. Maduro nega a acusação.
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Imagens divulgadas por autoridades norte-americanas mostram que a interceptação envolveu uma operação aérea e marítima coordenada, com militares desembarcando de helicóptero no convés do navio para assumir o controle da embarcação em alto-mar.
A ação ocorreu em águas próximas à costa venezuelana e integra uma estratégia mais ampla dos Estados Unidos para reforçar o cerco à exportação de petróleo do país.
Segundo o governo norte-americano, a medida busca impedir que embarcações transportem cargas de petróleo venezuelano em desacordo com sanções impostas ao regime de Nicolás Maduro. Autoridades afirmam que os recursos obtidos com essas exportações seriam utilizados para financiar atividades consideradas ilegais por Washington.
O episódio marca a segunda interceptação de um petroleiro na região em menos de duas semanas, indicando uma intensificação da presença militar dos EUA no Caribe.
Em resposta, o governo venezuelano voltou a classificar a ação como “pirataria internacional” e acusou os Estados Unidos de violar o direito internacional e de promover uma escalada de tensões na região.