Secretário de Estado dos EUA vai ao Caribe para discutir segurança energética e Haiti

Secretário de Estado dos EUA vai ao Caribe para discutir segurança energética e Haiti

O secretário de Estado americano, Marco Rubio, viaja ao Caribe nesta quarta-feira (26) para buscar soluções para a violência no Haiti e expressar apoio à Guiana, rica em petróleo, em sua disputa com a Venezuela. 

Rubio partirá nesta quarta-feira para a Jamaica para participar de uma cúpula da Comunidade do Caribe (Caricom) antes de fazer uma parada na quinta-feira na Guiana e no vizinho Suriname, informou o Departamento de Estado. 

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Na cúpula, ele se encontrará com os líderes do Haiti, Jamaica, Barbados e Trinidad e Tobago, acrescentou. 

Rubio escolheu a América Latina para sua primeira viagem ao exterior como secretário de Estado, com a prevenção da migração no topo de sua agenda. 

O objetivo é enviar uma "mensagem clara" de que os Estados Unidos tornaram o continente americano uma prioridade, disse a porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, na terça-feira. 

Ele discutirá principalmente a segurança energética e como reduzir a dependência dos países caribenhos do petróleo venezuelano. 

Será o terceiro secretário de Estado consecutivo a visitar a Guiana, que tem as maiores reservas de petróleo per capita do mundo.

O petróleo está concentrado na região fronteiriça de Essequibo, disputada pela Venezuela.

No início deste mês, a Guiana denunciou o que chamou de incursão em suas águas por um navio militar venezuelano liderado por Nicolás Maduro, a quem os Estados Unidos não reconhecem como presidente legítimo. 

Caracas negou a acusação e solicitou uma reunião entre Maduro e o presidente guianense, Irfaan Ali, que rejeitou o convite. 

Em uma coletiva de imprensa virtual, o enviado especial dos EUA para a América Latina, Mauricio Claver-Carone, comparou a Guiana aos países ricos em petróleo do Golfo Pérsico, onde os Estados Unidos estacionaram tropas nas últimas décadas devido às tensões com o Irã.

Rubio também abordará "a migração ilegal, o desmantelamento das redes criminosas transnacionais" e como "repelir as influências maliciosas que ameaçam a estabilidade" do continente, afirmou Bruce. 

Trump fez da luta contra a imigração irregular uma prioridade e recentemente deportou centenas de venezuelanos para El Salvador, acusados de pertencerem à gangue Tren de Aragua.

- O "desafio" haitiano -

A violência das gangues no Haiti será o foco do debate na Caricom.

"O desafio é obviamente o Haiti", reconheceu Claver-Carone, porque a situação é "desastrosa". 

"Estamos desenvolvendo uma estratégia para continuar apoiando a polícia nacional haitiana", disse.

Ele acrescentou que Rubio quer ouvir as opiniões de seus "vizinhos e aliados no Caribe" para ver "o que eles acreditam ser possível e como podem participar e trabalhar juntos" nesse sentido. 

O Haiti, o país mais pobre das Américas, sofre há muito tempo com a violência das gangues em um contexto de grande instabilidade política. A situação se deteriorou nos últimos meses, apesar da mobilização parcial da Missão de Segurança Multinacional (MMAS), liderada pelo Quênia.

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