Presidente da Síria pede "unidade" após centenas de mortes de civis
Apelo é feito em meio a ação de forças do governo contra a minoria alauíta que apoiava Bashar al-Assad. ONG acusa "massacre sectário", com a morte de ao menos 830 civis, além de mais de 480 combatentes de ambos os lados.O presidente da Síria, Ahmed al-Sharaa, pediu neste domingo (09/03) "unidade nacional” no país, após três dias de confrontos regionais sem precedentes desde a queda de Bashar al-Assad, que deixaram mais de mil mortos, em sua maioria civis alauítas. "O que está acontecendo no país (...) são desafios que eram previsíveis. Temos que preservar a unidade nacional, a paz civil, tanto quanto possível e, se Deus quiser, poderemos viver juntos neste país", disse Sharaa, em um discurso em uma mesquita em Damasco. Ele liderou a coalizão islâmica que derrubou Assad, que pertencia à minoria muçulmana alauíta. O apelo do presidente interino foi feito em um momento em que as forças da nova administração em Damasco estão realizando há quatro dias uma repressão nas áreas costeiras da Síria dominadas pela minoria alauíta, o ramo do islamismo xiita professado pelo clã de Assad. "Massacre" O Observatório Sírio para os Direitos Humanos afirmou neste domingo que pelo menos 830 civis alauítas foram mortos "a sangue frio", muitos deles executados em um "massacre sectário", pelas forças de segurança nas províncias costeiras de Latakia e Tartous – redutos alauítas – e nas províncias centrais de Hama e Homs. A ONG aumentou a cifra de vítimas fatais, após reportar 745 civis mortos anteriormente. Além disso, pelo menos 231 membros das forças de segurança e 250 combatentes pró-Assad também foram mortos, de acordo com a mesma organização. A violência eclodiu na quinta-feira depois que insurgentes alauítas leais a Assad lançaram um ataque contra as forças de segurança em Latakia, desencadeando uma campanha de violência contra as forças de segurança. md (EFE, AFP)
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