EUA receberá agricultores que queiram deixar a 'terrível' África do Sul, diz Trump

EUA receberá agricultores que queiram deixar a 'terrível' África do Sul, diz Trump

O presidente americano, Donald Trump, disse nessa sexta-feira(7) que os agricultores sul-africanos serão bem-vindos nos Estados Unidos, depois de repetir as acusações de que o governo sul-africano está "confiscando" terras dos brancos e anunciar que cortará o financiamento para Pretória.

Trump publicou em sua plataforma Truth Social que "qualquer agricultor (com família!) da África do Sul, que procure fugir do país por motivos de segurança, será convidado para os Estados Unidos da América com um caminho rápido para a cidadania. Esse processo começará imediatamente!". 

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Trump e Pretória estão envolvidos em uma disputa diplomática sobre um projeto de lei de desapropriação de terras que, segundo o líder republicano, levará à aquisição de fazendas de propriedade de brancos.  

Trump, cujo conselheiro próximo Elon Musk nasceu na África do Sul, disse recentemente que uma lei assinada em janeiro "permitiria que o governo sul-africano confiscasse a propriedade agrícola da minoria étnica afrikaner sem compensação". 

A lei estipula que o governo pode, em determinadas circunstâncias, não considerar "nenhuma indenização" para propriedades que decidirem expropriar por razões de interesse público. 

Os colonos britânicos e afrikâneres governaram a África do Sul até 1994 sob o regime do apartheid, um sistema brutal no qual a maioria negra era privada de direitos políticos e econômicos.

A nova lei pretende abordar as desigualdades históricas na propriedade da terra, sendo que a população branca minoritária ainda possui a maioria das terras agrícolas após três décadas do fim do apartheid. 

O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, disse que deseja chegar a um acordo com o novo governo americano sobre as questões diplomáticas e comerciais.

Ramaphosa anunciou em fevereiro que Pretória planeja enviar uma delegação a Washington para resolver uma série de questões. 

"Gostaríamos de ir aos Estados Unidos para fazer um acordo", disse em uma conversa com o vice-presidente do fundo de investimentos Goldman Sachs, Richard Gnodde.

"Não queremos ir para dar explicações, queremos ir e fazer um acordo significativo com os Estados Unidos sobre uma ampla gama de assuntos", acrescentou. 

Ramaphosa disse que teve uma conversa por telefone "maravilhosa" com Trump, logo após o presidente americano assumir o cargo em janeiro, mas que posteriormente, as relações "pareciam ter saído um pouco dos trilhos".

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