Macron afirma que França e aliados têm posição "unida" em relação à Ucrânia
O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou nesta quarta-feira (19) que concordou com os aliados que um eventual acordo para encerrar a guerra na Ucrânia deve levar em conta as preocupações europeias em matéria de segurança e "os direitos" da antiga república soviética.
"A posição da França e de seus aliados é clara e unida. Desejamos uma paz duradoura na Ucrânia", escreveu Macron na rede social X, após organizar um novo encontro com 19 países, desta vez de maneira virtual.
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Na reunião, participaram os líderes da Lituânia, Chipre, Finlândia, Bélgica, Bulgária, Canadá, Croácia, Estônia, Grécia, Irlanda, Islândia, Letônia, Noruega, Portugal, Suécia, Eslovênia e República Tcheca.
Romênia e Luxemburgo foram representados presencialmente.
O encontro ocorreu apenas dois dias após outra reunião convocada às pressas por Macron, na qual a possibilidade de envio de tropas de paz para a Ucrânia gerou divergências.
A reunião de segunda-feira foi organizada em reação à mudança de posição dos Estados Unidos na guerra da Ucrânia.
O presidente americano, Donald Trump, surpreendeu os aliados europeus ao demonstrar disposição para negociar diretamente com seu par russo, Vladimir Putin, para encerrar o conflito.
Desde então, tanto Kiev quanto as potências europeias temem ser excluídas das negociações para o fim da guerra, iniciada com a invasão russa em fevereiro de 2022.
"Apoiamos a Ucrânia e cumpriremos com todas as nossas responsabilidades para garantir a paz e a segurança na Europa", afirmou Macron após a videoconferência desta quarta-feira.
No entanto, Kiev deve ser incluída no processo de negociação e "seus direitos respeitados", acrescentou o presidente francês.
Segundo Macron, os aliados europeus da Ucrânia insistiram na necessidade de "garantias sólidas e credíveis" para assegurar um acordo duradouro e na importância de levar em conta "as preocupações europeias em matéria de segurança".
O presidente francês será recebido na Casa Branca "no início da próxima semana", informou um funcionário dos Estados Unidos.
A reunião desta quarta-feira foi organizada após Romênia e República Tcheca, membros da União Europeia (UE) e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), supostamente terem expressado certo descontentamento por não terem sido convidadas para a reunião de segunda-feira.
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