Prefeito de Londres acusa Trump de atacá-lo pela cor de sua pele
O prefeito trabalhista de Londres, Sadiq Khan, acusou Donald Trump em um podcast de atacá-lo durante o primeiro mandato do presidente americano (2017-2021) por causa de sua "cor de pele" e de sua religião muçulmana.
Khan, em um podcast divulgado esta semana, mas que foi gravado antes das eleições americanas de 5 de novembro, afirmou que os ataques de Trump se baseavam em algo "pessoal".
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"Se eu não tivesse essa cor de pele, se não fosse um muçulmano praticante, ele não teria se metido comigo", disse Khan, filho de imigrantes paquistaneses, no podcast "High Performance".
"Isso afeta a mim e à minha família. Mas o que me preocupa não sou eu e a minha família, o que me preocupa é que ele é o líder do mundo livre", continuou.
Khan também disse que enfrentou "alguém cujas políticas eram sexistas, homofóbicas, islamofóbicas e racistas".
A relação entre os dois sempre foi marcada por tensões, alimentadas por declarações veiculadas na mídia.
Em 2019, Trump disse que o prefeito de Londres, o primeiro líder muçulmano de uma capital ocidental, estava fazendo "um péssimo trabalho no combate ao terrorismo" e era um "perdedor irremediável" e "muito lesado".
Por sua vez, o prefeito trabalhista acusou Trump de "populismo de extrema direita", antes de dar a sua aprovação à presença de um enorme bebê inflável com a efígie do presidente americano em uma manifestação em Londres, em junho de 2019.
Os comentários agora feitos no podcast sobre Trump contrastam com a linha do Partido Trabalhista.
Após a vitória de Trump nas eleições nos EUA, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, saudou uma "vitória eleitoral histórica".
Starmer destacou que a sua conversa telefônica com Trump foi "muito positiva, muito construtiva" e que a 'relação especial' entre o Reino Unido e os Estados Unidos "prosperará" durante o segundo mandato do presidente republicano.
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