Arcebispo contraria papa e proíbe padres de abençoarem casais homoafetivos: "Contradiz a doutrina"
Segundo o sacerdote do Quenia, abençoar "contradiz a doutrina católica tradicional sobre o matrimônio e a família"
18:35 | Dez. 24, 2023
O arcebispo de Nairóbi, no Quênia, proibiu os padres de sua arquidiocese a abençoarem casais homoafetivos. O anúncio foi feito neste sábado, 23, contrariando a decisão do Vaticano anunciada na última segunda-feira, 18. Na visão de Philip Anyolo, vigário responsável pela proibição, a medida “contradiz a desaprovação da igreja às uniões homossexuais”.
A decisão foi criticada pela comunidade católica conservadora e Francisco chegou a ser chamado de “servo de satanás” pelo arcebispo e ex-núncio apostólico nos Estados Unidos, Carlo Maria Viganò.
Em Nairóbi, Philip Anyolo afirmou que o relacionamento entre homoafetivos é "contra a razão, a natureza e a cultura africana tradicional", e que a Igreja Católica não possui poder para conceder bênçãos a esse tipo de união.
Leia mais
Ainda segundo o sacerdote africano, abençoar "contradiz a doutrina católica tradicional sobre o matrimônio e a família, incluindo a desaprovação da Igreja às uniões homossexuais".
De acordo com o decreto feito pelo papa, a nova regra sobre abençoar casais do mesmo sexo acontece no "sentido pastoral das bênçãos", e não altera “o ensinamento perene da Igreja sobre o casamento”. A bênção também não pode acontecer em ritos litúrgicos e nem em cerimônias que se assemelham a uma festa de casamento.