Venezuelanos vão às urnas temendo episódios de violência durante eleições
Com a violência crescente, a inflação galopante e a carência de produtos básicos, o partido governante da Venezuela, fundado pelo falecido presidente Hugo Chávez, enfrenta pela primeira vez em 17 anos a possibilidade de sofrer uma forte derrota nas eleições legislativas para uma oposição que chega a ter 30 pontos porcentuais de vantagens nas pesquisas de intenção de voto. Se a oposição conseguir arrebatar a maioria dos assentos dos aliados do governo do presidente Nicolás Maduro, pela primeira vez desde 2000 obteria o poder de conter o controle cada vez maior do Executivo sobre a vida nacional.
Alguns setores da oposição anunciaram também que, após ganharem o controle da Assembleia Nacional, poderiam promover um referendo convocatório contra o presidente Nicolás Maduro antes de o dirigente socialista completar seu mandato de seis anos, que termina em 2019.
Hoje, 163 mil policiais e soldados foram mobilizados em todo o país para votação, mas muitos venezuelanos continuam a temer a violência pós-eleitoral. Maduro reiterou sua promessa nesta semana para tomar as ruas se o seu partido perder. Os líderes da oposição disseram que se sua coalizão não conseguir vencer, isso significaria que estado fraudou o pleito.
Os primeiros resultados devem ser conhecidos na noite de domingo. Os mais de 14 mil centros de votação vão se abrir às 6h da manhã (hora local, 8h30 de Brasília) e serão fechados às 18h (20h30 de Brasília). Fonte: Associated Press.