Milhares de soldados das forças de segurança da Turquia estão convergindo para redutos do partido curdo do país, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), para o que o governo está chamando uma campanha decisiva contra militantes que lutam pela autonomia. Os locais que serão tomados pelas forças são bairros residenciais de sete cidades de maioria curda no sudeste da Turquia, afirmaram autoridades.

Ao descrever a campanha intensificada, o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, prometeu transformar a região conhecida como o "anel de fogo" curdo em lugares de paz, estabilidade e liberdade.

Cerca de 200 mil pessoas fugiram de suas casas em partes do sudeste da Turquia, o epicentro de confrontos que eclodiram desde que o cessar-fogo de dois anos entre o governo e militantes curdos desmoronou há cinco meses.

Mais de 560 pessoas, sendo ao menos 150 civis, foram mortos nesses cinco meses de confrontos, de acordo com o International Crisis Group, um grupo sem fins lucrativos que se concentra no conflito global. "A Turquia enfrenta uma escolha crítica: avançar a sua estratégia militar contra o PKK em uma luta que será prolongada e inconclusiva ou retomar as negociações de paz", disse o grupo em relatório.

O governo impôs toque de recolher nas cidades curdas principalmente em Cizre e Silopi, ambas perto da fronteira com o Iraque, para permitir que as forças de segurança lutem contra os militantes. Segundo a agência estatal de notícias Anadolu, 22 rebeldes foram mortos em Cizre e um outro foi morto em Silopi nos últimos dois dias. Fonte: Associated Press.