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Obama planeja fechar Guantánamo até fim de 2016

12:44 | 19/12/2015
Barack Obama em coletiva de imprensa de fim de anoPresidente americano diz a jornalistas que uma das prioridades de seu final de mandato é o fechamento da prisão americana para suspeitos de terrorismo, mesmo que Congresso em Washington não aprove. Em tradicional coletiva de imprensa de final de ano, o presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou nesta sexta-feira (18/12) que um dos objetivos a alcançar até o final de seu mandato é o fechamento definitivo de Guantánamo, a controversa prisão americana em Cuba. "Guantánamo continua como um dos principais motivos para o recrutamento de jihadistas", afirmou Obama, acrescentando que seu governo vai apresentar ao Congresso uma proposta de fechamento do campo. Barack Obama declarou ter certeza de que, em breve, o número de prisioneiros em Guantánamo vai ser inferior a cem. O campo foi erguido em 2011 para suspeitos de terrorismo sem status de prisioneiros de guerra na base que os Estados Unidos mantêm em Cuba. A aprovação da proposta de Obama no ano eleitoral de 2016 deverá ser difícil. Os republicanos detêm maioria no Congresso e não têm nenhum interesse no fechamento do campo de prisioneiros. Para o caso de o Legislativo americano reprovar a proposta, o chefe de Estado democrata não descartou a possibilidade de usar a sua prerrogativa como presidente para impor o seu desejo. Na coletiva, Obama fez um balanço positivo do ano que passou: a redução da taxa de desemprego para abaixo de 5%, a reforma do sistema de saúde que fez com que pela primeira vez a proporção de pessoas não asseguradas caísse abaixo dos 10% da população e a expansão das energias renováveis. Em termos de política externa, o chefe de Estado mencionou o reatamento de relações com Cuba, o acordo nuclear com o Irã e o tratado de livre comércio com os países do Pacífico. Como outras prioridades internas para o próximo ano, Obama mencionou em sua coletiva de quase uma hora uma reforma do sistema judiciário americano. Ela deverá abordar problemas como a discriminação de minorias, superlotação de prisões e penas de reclusão desproporcionalmente longas. O presidente disse ainda que a luta contra os jihadistas do "Estado Islâmico" (EI) faz progressos constantes. "Nós venceremos o EI", disse Obama, ressaltando, no entanto, que os extremistas islâmicos ainda vão continuar a ser uma ameaça por certo tempo. Ainda na sexta-feira, Barack Obama partiu com sua família para as férias natalinas de duas semanas no Havaí. A caminho do estado americano no Pacífico, ele fez uma parada em San Bernardino, onde visitou as famílias das vítimas do suposto atentado terrorista em que 14 pessoas foram mortas no início do mês CA/dpa/afp
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