PUBLICIDADE
Notícias

Três equipes de terroristas atacaram Paris de forma sincronizada

18:30 | 15/11/2015
Os terroristas que atacaram Paris e chocaram o mundo se dividiram em três equipes sincronizadas, usaram roupas semelhantes e usaram as mesmas armas. Em apenas meia hora, espalharam o terror pela capital francesa.

Os três grupos protagonizaram um ataque suicida após outro no estádio nacional, uma sequência de tiros em restaurantes lotados e em ruas de Paris e, finalmente, uma emboscada em uma casa noturna. O procurador François Molins afirmou que três terroristas suicidas morreram perto do estádio; três na casa de shows e um na mesma avenida da casa noturna.

Abaixo, está o relato cronológico de como o atentado terrorista sincronizado aconteceu, baseado no relato de autoridades francesas e testemunhas. Horário local.

21h00 Começa o jogo de futebol entre França e Alemanha no estádio nacional da França e o show de rock da banda Eagles of Death Metal na casa de espetáculos Bataclan. Ambos eventos estavam lotados de fãs e torcedores, sendo que o jogo tinha o presidente francês, François Hollande, entre os espectadores.

21h20

Um homem com um passaporte sírio e a roupa repleta de explosivos aciona as bombas na frente do Portão D do estádio, matando a ele e a uma pessoa que estava ao lado. Dentro do estádio, torcedores e jogadores não reconhecem o barulho como sendo de uma bomba letal, e o jogo continua.

21h25

Atiradores em um carro preto do modelo Leon da marca Seat abrem fogo contra um bar e um restaurante - o Le Carillon e o Petit Cambodge - matando 15 pessoas e deixando mais de 100 cartuchos de diferentes calibres.

21h30

Um segundo homem-bomba aproxima-se do portão H do estádio nacional e explode os dispositivos. A explosão matou apenas o terrorista e não feriu ninguém.

21h32 Atiradores no mesmo carro do modelo Leon da marca Seat abriram fogo contra o bar La Bonne Biere, perto do restaurante atacado. Cinco pessoas foram mortas. Aproximadamente cem cartuchos ficaram no chão.

21h36

O presidente François Hollande atende ao telefone celular dentro da cabine de vidro onde assiste do jogo França e Alemanha. Nesse instante, ele fica sabendo sobre o horror que tomou conta da capital francesa pela segunda vez neste ano. Naquele minuto, atiradores em um carro preto da marca Seat atacam a rua Charonne, matando 19 pessoas. Mais uma vez, cerca de cem cartuchos ficam no chão.

21h40

Um carro preto modelo Polo da marca Volkswagen estaciona perto da casa noturna Bataclan, no Boulevard Voltaire. Três pessoas saem do automóvel e abrem fogo ao entrarem no local. A banda Eagles of Death Metal já tinha tocado algumas músicas para uma plateia lotada.

Os terroristas entraram, aparentemente, sem serem notados por conta da música alta, portando armas automáticas e explosivos colados aos corpos.

Entre os assassinos, estava um francês, condenado oito vezes entre 2004 e 2010 por crimes menores e conhecido por relações com radicais islâmicos. Em uma breve comunicação com seguranças, os terroristas invocaram a Síria e o Iraque.

Ao passo que os criminosos atiravam repetidamente sobre a plateia, as pessoas buscavam escapar por portas laterais, algumas delas arrastando corpos de amigos com quem assistiam ao show.

Nesse momento, um homem-bomba detona os explosivos em sua roupa na mesma rua do Bataclan. O suicida foi a única vítima.

21h53

Posicionado a cerca de 400 metros do estádio nacional, um outro terrorista detona as bombas que carregava em sua roupa. Só ele morreu. Esse homem-bomba tinha explosivos idênticos aos dos outros suicidas que também morreram na noite de sexta-feira.

0h20

Forças de segurança entram no Bataclan. Dois dos terroristas detonam as bombas que portavam. Um terceiro tem as bombas presas à sua roupa detonadas ao ser alvejado pela polícia. Na casa de show, 89 pessoas são encontradas mortas, e muitas outras, gravemente feridas.

Philippe Juvin, um médico da emergência do hospital Georges Pompidou, afirmou que nunca teve de atender tantas vítimas de uma vez só. "A maioria tinha ferimentos provocados por armas de guerra de alto calibre no tórax, no abdômen, nas pernas e nos braços", afirmou. Fonte: Associated Press

TAGS