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ONU aprova resolução que condena embargo dos EUA a Cuba

19:56 | 27/10/2015
Em votação quase unânime, Assembleia Geral pleiteia pelo 24º ano consecutivo pelo fim do bloqueio econômico. Apenas Estados Unidos e Israel votaram contra. Resultado não é vinculativo, mas possui peso político. A Assembleia Geral das Nações Unidas apelou, nesta terça-feira (27/10), para um fim ao embargo dos Estados Unidos contra Cuba. A votação foi quase unânime, em resolução adotada cerca de três meses depois de Washington e Havana terem restaurado relações diplomáticas. Justamente os Estados Unidos e o aliado Israel foram os únicos países da assembleia de 193 membros que votaram contra a resolução. Embora tais resoluções da ONU não sejam vinculativas, elas podem ostentar um peso político. O resultado foi uma vitória diplomática para Cuba, que está pressionando por medidas imediatas para aliviar o embargo econômico, imposto em 1960, no auge da Guerra Fria. Em julho, EUA e Cuba restauram as relações diplomáticas, após 54 anos. O presidente americano, Barack Obama, tomou medidas para aliviar restrições de negócios e viagem, mas somente o Congresso dos EUA pode suspender o embargo econômico. "O levantamento do embargo será um elemento essencial, que dará um significado para os progressos alcançados ao longo dos últimos meses nas relações entre os dois países", disse o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla. Mas o diplomata americano Ron Godard advertiu que Cuba está "enganada" caso acredite que a resolução colocará pressão sobre os Estados Unidos. "Se Cuba pensa que este exercício avançará as coisas além do que ambos os governos indicaram que desejam, está enganada", disse. Foi a 24ª vez que a resolução anual apresentada por Cuba foi aprovada pela Assembleia Geral da ONU. No ano passado, Estados Unidos e Israel votaram contra a resolução e três países Ilhas Marshall, Micronésia e Palau se abstiveram. Cuba estima que os danos causados pelo embargo econômico atinjam os 830 bilhões de dólares americanos. Havana há tempos tem argumentado que a medida trouxe dificuldades para a ilha comunista. PV/afp/rtr
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