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Moscou diz que reivindicação jihadista da queda de avião não é exata

A facção egípcia do Estado Islâmico afirmou no Twitter ser o responsável pela queda do avião fretado russo no Sinai egípcio

13:01 | 31/10/2015

A reivindicação pelo Estado Islâmico (EI) da autoria da queda do avião russo no Egito, que deixou 224 mortos, não pode ser considerada exata, afirmou o ministro dos Transportes russos, Maxime Sokolov.

A facção egípcia do EI afirmou no Twitter ser o responsável pela queda do avião fretado russo no Sinai egípcio. "Os soldados do Califado foram capazes de derrubar um avião russo na província do Sinai que transportava mais de 220 cruzados que foram todos mortos", afirma o grupo extremista em um comunicado publicado em suas contas no Twitter, indicando que agiu em retaliação à intervenção russa na Síria.

"Esta informação não pode ser considerada como exata", enfatizou Sokolov. "Estamos em contato com nossos colegas egípcios e as autoridades aéreas desse país. Por ora, não dispomos de qualquer confirmação sobre esta reivindicação".
[SAIBAMAIS 3]Vários especialistas militares questionados pela AFP consideram que os insurgentes do EI, presentes no norte do Sinai, não possuem mísseis capazes de atingir um avião a 30.000 pés.

Mas eles não excluem a possibilidade de uma bomba a bordo, ou que tenha sido atingido por um foguete quando descia em razão de problemas técnicos.

O contato com o avião da empresa russa Kogalymavia, mais conhecida sob o nome de Metrojet, foi perdido 23 minutos depois da decolagem do aeroporto de Sharm el-Sheikh, na fronteira com o Mar Vermelho, quando estava a uma altitude de mais de 30.000 pés (9.144 metros) e depois que o comandante do avião queixou-se de uma falha técnica nos equipamentos de comunicação.

Na sua declaração, o EI afirma ter agido em resposta às "dezenas de mortes (causadas) diariamente pelos bombardeios" dos aviões russos na Síria.

AFP

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