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Candidato islâmico às eleições do Egito é morto por homens armados

Mustafá Abdel Rahman, candidato do partido ultraconservador salafista Al Nur, considerado pró-governamental, foi assassinado a tiros por dois indivíduos que estavam em uma motocicleta na frente da sua casa

14:06 | 24/10/2015
Homens armados assassinaram com tiros um candidato islâmico às eleições parlamentares egípcias neste sábado, 23, no norte do Sinai, onde atua um grupo insurgente jihadista, informaram autoridades.

Mustafá Abdel Rahman, candidato do partido ultraconservador salafista Al Nur, considerado pró-governamental, foi assassinado a tiros por dois indivíduos que estavam em uma motocicleta na frente da sua casa no povoado de El Arish, segundo policiais. O secretário-geral do partido Al Nur, Galal Al Murra, confirmou a morte à agência AFP.

Esse foi o único importante partido islâmico que conseguiu resistir à repressão desencadeadas após a derrubada em 2013 do também islâmico presidente Mohamed Mursi, de quem o Al Nur havia retirado seu apoio. Mursi foi derrubado pelo atual presidente, o general Abdel Fatah al Sissi, então comandante chefe do exército egípcio.

Sissi lançou uma repressão implacável contra a irmandade de Mursi, os Irmãos Muçulmanos, e mais de 1,4 mil de seus membros morreram e cerca de 15 mil foram presos nas manifestações em que exigiam o regresso do destituído ao poder, o primeiro presidente eleito democraticamente no Egito.

Centenas deles, dentre os quais o próprio Mursi, foram condenados à morte em julgamentos sumários denunciados pela ONU.

Pela primeira vez em 30 anos, os Irmãos Muçulmanos, cuja organização está proibida, não participam das eleições legislativas, que começaram em 18 de outubro.

A península do Sinai está sendo abalada por uma rebelião jihadista fortalecida pelo pelo Grupo Estado Islâmico (EI). Os ataques realiza têm como principal objetivo policiais e militares do regime Sissi.

Os jihadistas reivindicaram neste sábado, 24, os ataques nos quais morreram quatro policiais nas últimas 48 horas, na província do Sinai.

O EI também reivindicou na sexta-feira um atentado a bomba contra a polícia na frente um hotel próximo às pirâmides do Cairo.

AFP
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