Combate ao Boko Haram mobiliza exércitos de três países
Além da Nigéria, Camarões e Chade estão usando tropas e ataques aéreos para conter o avanço dos extremistas, conhecidos por sua violência e por alistar forçosamente homens e garotos sequestrados das cidades que atacam.
As forças do Chade estão estacionadas na fronteira de Camarões com a Nigéria, onde já foram atacadas. "Nossos soldados responderam vigorosamente, e uma caçada se seguiu rapidamente até a sua base na Nigéria, onde eles foram completamente aniquilados", afirmou na terça-feira o porta-voz do exército do Chade, Azem Bermendoa, na rede nacional de televisão.
Na quarta-feira, entretanto, o Boko Haram voltou a atacar as posições do Chade, que teve reforço de tropas camaronesas.
Ao mesmo tempo, aviões nigerianos e do Chade começaram uma campanha de bombardeamento a posições extremistas em uma dezena de cidades do nordeste do país, onde o Boko Haram declarou um califado em agosto.
A ofensiva militar desta semana é a maior desde o nascimento do grupo, há cinco anos. Elas também acontecem pouco antes das eleições presidenciais na Nigéria, que acontecem em 14 de fevereiro. Ela acontece em meio a uma reunião da União Africana, que acerta os últimos detalhes para a instituição de uma força multinacional de 7.500 homens, vindos da Nigéria e de seus quatro vizinhos francófonos, para enfrentar os extremistas, que controlam atualmente 130 cidades e vilarejos. O quarto país a se juntar ao grupo é o Níger. Fonte: Associated Press.